tag:blogger.com,1999:blog-36659574031434512802024-02-19T04:57:54.316-08:00Levados Pelo VentoAutora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.comBlogger158125tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-59484262011623764292013-06-22T10:41:00.000-07:002013-06-22T10:45:08.343-07:00#VemPraRua<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Joguei a mochila por cima do ombro e cobri o nariz e a boca com o pano untado de vinagre. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Corre! Corre! - Minha mochila agitava-se, causando um peso desconfortável, mas suportável. Um conjunto de cartazes e pessoas gritando misturavam-se com o vapor dos gases lacrimogênios. A minha trilha sonora eram os gritos xingando os policiais de covardes, a cantiga descompassada pedindo por uma manifestação sem violência, os gritos pedindo por ajuda, pessoas que haviam sido atingidas por balas de borracha, pessoas lutando contra os efeitos.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A minha frente, uma pessoa filmava tudo. Ela gritava para os futuros espectadores o que realmente acontecia, o que a mídia não mostraria, e se mostrasse, transformaria em algo nulo. Eu estava no meio da gravação, e não pude negar um sorriso. Talvez não por pensar "mãe, estou na tela", mas sim por imaginar meus filhos apontando para o livro de história "mãe, você estava lá?". No meio do medo de ser atingida, de ser presa por uma causa injusta (ou devo dizer inexistente), de até mesmo morrer; eu sorria. Sorria porque eu estava fazendo a minha parte como cada um ali estava... Infelizmente, muitos diriam que aquilo era inútil. Não que fossem contra, mas estavam presos a uma história que havia muito acontecera, semelhante a que agora "repetíamos". </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Talvez eu ousasse dizer que, sim, estávamos repetindo o que começou a ditadura e terminou onde estávamos, mas algo dentro de mim dizia que seria diferente. Por mais que dissessem que éramos um povo burro e que só estávamos caindo na ladainha dos políticos, eu pelo menos diria que tinha tentado... Diria "eu errei por uma causa nobre", e os céticos me responderiam "antes uma causa desonrosa do que um levante estúpido", e eu sorriria e olharia para o além "onde você estava?". Simplesmente, sem me importar com os testemunhos seguidos. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Refugiei-me junto aos outros, que agora sentavam-se no chão e estendiam seus cartazes. Músicas de uma época semelhante a esta estavam marcadas em letras pintadas de guache, nomes famosos como Chico Buarque, Cazuza, Renato Russo e tantos outros eram trazidos a tona para mostrar que por mais que esta fosse uma nova revolução, os laços de cultura e nação não eram tão fáceis largados. Éramos todos um só, unidos por uma única bandeira e um único objetivo: direitos. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Direito a uma educação melhor (Futebol: Brasil 10 x 0 Japão; Educação: Brasil 0 x 1000 Japão), a infraestrutura na saúde (Quando seu filho estiver doente, leve-o ao estádio!), transporte público digno de seu preço elevado (Ash roubou minha bicicleta, preciso de um transporte público de QUALIDADE) e tantos outros absurdos que um povo não poderia mais suportar. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O hino nacional era entoado por 1 mihão de vozes, com suas devidas adaptações (Entre outras mil és tu Brasil a mais roubada...). Pessoas de cores, religiões, culturas, origens diferentes, todas juntas com apenas um objetivo, cantando em apenas um tom... </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Gritávamos em nossas entrelinhas: nós não somos o futuro da nação. Nós somos A nação. </span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E, não importa mais o que façam, nós acordamos. </span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-46480849085880700412012-10-28T11:05:00.001-07:002012-10-28T11:35:41.804-07:00Branca de Neve. Capítulo 3- O espião.<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ela corria tão desajeitadamente que parecia estar correndo na água. Alguma força a puxava para mais perto de Endívia, e ela lutava contra a correnteza. Não podia ser pega, tinha que fugir. Todos os pressentimentos e sonhos agora eram tão compreensíveis e assustadores que sua alma não podia mais prender-se a um quarto absurdo. E tanto tempo em silêncio esperando por um milagre, com o poder nas garras de uma bruxa que podia falar com os objetos.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Sua mente insistia em dizer que nada daquilo existia, mas infelizmente em tudo indicava que aquilo era real. Não mais um sonho, não mais uma melodia que ecoava sem lembrar-se da letra: agora a realidade virava um pesadelo cruel.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Por que aquele espelho tinha a chamado de Princesa da Neve? Por que diabos ele fora logo dizer que ela estava ali? Que coração? Que herdeira?! Não poderia ser quem ela imaginava, coisas daquele tipo não aconteciam. Mulheres não ficavam presas em espelhos! O que Endívia tinha a ver com tudo aquilo? O que ela tinha a ver com a doença de seu pai? Teria ela o envenenado? Por que perguntar ao espelho se ela era a mais bela? Por tanto tempo não se convencera?!</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Branca tropeçou ao chegar em seu quarto, mas conseguiu pegar o livro no chão. No alto de uma lareira, oposta à parede com a estante de livros, estava uma espada prateada pendurada. O punho era vermelho, com detalhes em pretos de flores, que tinham seus caules esculpidos na lâmina. Era bonito, mas não tinha-se tempo para admirá-lo. Podia ouvir Endívia chamando guardas para pegarem a "desordeira e traidora". </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A espada era pesada, mas com a bainha presa à cintura de Branca ela teria que suportar. Saiu do quarto e viu 10 guardas apontando para ela. "Para quê apontar e me encarar, venham logo!", virou para o lado oposto e se deparou com uma única janela.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Merda! - Olhou para trás e os guardas já tinham tomado uma decisão de correrem atrás dela. - Merda, merda, merda!! - Ela subiu na beirada da janela e olhou para baixo. Era uma torre alta, e qualquer erro poderia simplesmente matá-la. O mesmo menino passava lentamente puxando a carroça de feno, ajudando seu velho avó.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Se atirou. Com um grito de desespero, implorava para ter calculado bem. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- O QUE É ISSO?! - O menino gritou ao ouvir o baque e sentir o peso de uma pessoa caindo dentro de sua carroça. A cena de uma menina com cabelos longos, negros e ondulados, vestido azul e uma bainha com uma bela espada na cintura, segurando um livro não era normal para ele. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Desculpem-me. - Ela saltou da carroça e continuou correndo. Tropeçava no vestido e nas sapatilhas, então livrou-se delas. A dor das pedras sob seus pés era imensa, mas dava um ar de liberdade, mesmo imperceptível no meio do pânico. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A sua frente o portão. Os muros do castelo estavam armados com arqueiros, que apontavam para ela, e esperavam pelo comando de ataque.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- PAREM, SEUS MARICAS! A RAINHA PRECISA DELA VIVA, TRAGAM-NA VIVA! - Um guarda gritou para os arqueiros enquanto o portão se fechava.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Merda, merda...! - Ela mordeu o lábio inferior e desviou para a esquerda. Para onde iria? Como iria? Não sabia, ela precisava se esconder. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Entrou em um beco e pressionou as costas na parede, escondida no escuro. Os guardas passaram correndo e gritando "por ali", enquanto Branca sentia seu coração aos pulos. Esperou todos passarem e adentrou mais no beco, batendo na porta de uma casa escondida pelos muros. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma janela se abriu e olhos assustados encararam o que tanto parecia ser um fantasma, de tão branca que era a pele da princesa. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Quem é você?</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Branca de Neve.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- A princesa?! Não estão perseguindo-a?! </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Sim, mas...</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Chamarei os guardas! Saia daqui, deixe-me em paz, praga!</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- O quê?</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Saia daqui, sua demoninha desgraçada! - Ela ia fechar a janela quando Branca sacou sua espada e enfiou-a no espaço que faltava para que esta fosse fechada, quase tocando no rosto de sua "anfitriã". </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Deixe-me entrar. - A visão da espada e a voz fria da princesa desmoralizou completamente a mulher. Ela abriu a porta hesitante, enquanto Branca guardava a espada. - Obrigada.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A casa era mal iluminada, mas Branca poderia andar por ali indo de todos os cômodos rapidamente. Pequena e com um cheiro terrível de queijo mofado, ela avistou um garoto de 15 anos sentado na cadeira enquanto tomava um gole de seu café. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Enrique. - Ela suspirou aliviada quando o garoto a olha e sorri, apontando para a cadeira em frente a dele.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Oi, Branca. Sente-se. - A voz dele era encantadora. Para alguém de 15 anos era adulta, mas o tom grave e profundo era tão reconfortante que deixava Branca extasiada com a oportunidade de falar com ele mais uma vez. Seu único amigo. Seu único contato. Era ele quem lhe dava informações e lhe ensinava, secretamente. Era ele o filho do homem que tinha feito sua espada, e ele o menino que tinha instruído Branca a usá-la, como e quando. - Vejo que você está em problemas, mocinha.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ela deu de ombros. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Um pouco. Preciso de sua ajuda, Enrique. Para sair daqui. - A mulher que tinha atendido a porta resmungou e entrou em um quarto pequeno, provavelmente para dormir. Branca seguiu os movimentos dela com o canto dos olhos, do modo como Enrique havia ensinado-a a espionar. Ela inclinou-se um pouco mais para perto de Enrique e sussurrou. - Qual o problema dela?</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Minha mãe? - Ele riu roucamente, e deixou o assunto para lá. Ele sabia que com apenas esse comentário Branca entenderia tudo. E entendeu. Entendeu porque tinha sido chamada de praga e demoninha. O pai de Enrique tinha batalhado bravamente na Guerra de Todos os Tempos, mas infelizmente morrera. Branca soube que a mulher dele não tinha se conformado, então todos os anos ia ao túmulo de seu pai e o desenterrava, esperando que o mesmo ressurgisse das cinzas. - Bem, eu sei como sair daqui, mas antes me conte como foi se meter nessa encrenca, bobalhona.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Não me chame assim! Eu entrei no quarto real para pegar umas coisas... - Ela balançou as chaves no ar e a carta, que tinha guardado em um bolso que costurara nas dobras do vestido. Guardou-os novamente e encarou Enrique. - Mas Endívia entrou no quarto e tive que me esconder... Uma coisa estranha aconteceu, Enrique. Mas não vá rir de mim.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Prometo. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Ela falou com um espelho. Ele tinha 2 metros de altura, e a imagem de uma mulher... Parecidíssima comigo! - Ela tocou a mão de Enrique, que a encarava sério. - E o espelho falou, Enrique! Disse que o tempo dele estava acabando e que Endívia deveria matar a "herdeira", a Princesa de Neve... E depois falou umas coisas estranhas, no final dizendo para eu sair do meu esconderijo! </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Silêncio. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O crepitar do baixo fogo na casa era o único turbulento som. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Branca... - Ela o olhou com olhos cheios de expectativa, que logo foram desmanchados pela risada de Enrique. - Você está louca! Espelhos não falam! Perdeu a cabeça?!</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- VOCÊ DISSE QUE NÃO IRIA RIR! - Branca levantou da cadeira, fazendo com que ela caísse no chão com um baque surdo. Arrumou sua roupa e estava por sair quando seu braço foi agarrado pela mão de Enrique.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Pare de ser idiota! Eu irei ajudar você a fugir, mas antes tire isso da sua mente! Já cansei de ver você presa naquele castelo, mas esperava que viesse para cá por sua vontade! Mas além de vontade vem com loucuras e guardas por todo o reino procurando por você! - Ele a puxou para um abraço protetor por parte dele, desconfortável e duro para o gosto de Branca. A voz finalmente recuperou o baixo tom de sempre, calmo, enquanto ele acariciava os braços dela por cima da roupa. - Fique aqui por esta noite. Amanhã, quando o Sol nascer e quando eu sair para levar o feno para o velhote, levarei você comigo e então ajudarei com sua fuga.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Você vai comigo?</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Não.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Por quê? - Ela levantou os olhos azuis agora pesarosos. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Tenho que cuidar de minha mãe e trabalho a fazer. - Enrique afastou os cabelos da cara de Branca e acariciou a bochecha dela. - Tudo bem? - Ela fez que sim com a cabeça em meio a um suspiro, recebeu um beijo caloroso em troca. Não era a primeira vez que se beijavam, mas quando se beijavam era sempre convidativo a mais. Eram raras as vezes, também, então Branca tentava nunca perder as chances que tinha. O beijo foi retribuído e durou um longo tempo, levando-os para o quarto sem más intenções, parando por ali e compreendendo os limites de cada um. Deitaram na cama e passaram a noite acordados, sem um saber que o outro tinha sua mente tão cheia de tramas e problemas. </span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-38667375530321434552012-10-16T12:48:00.001-07:002012-10-16T12:56:59.895-07:00Branca de Neve. Capítulo 2- O espelho mágico.<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Eu os declaro marido e mulher. - O padre fez o sinal da cruz e então fechou a Bíblia, observando o Rei e a mais nova rainha, Endívia, que tinham seu casamento em particular. Branca de Neve estava em pé do lado direito da rainha, encarando-a com um temor sufocado. Segurava um buquê de rosas vermelhas, e vestia um longo vestido cor de rosa. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Endívia beijou o Rei e deu um largo sorriso, pegando rudemente o seu buquê das mãos de Branca. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ela tinha 7 anos quando isso aconteceu, e, ao encontrar o olhar com o de sua madrasta, pôde ouvir um coração lento e familiar bater ao som de uma cantiga nunca terminada.</span><br />
<br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- O que você está fazendo aqui?!</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Vim ver meu pai. - Branca levantou os olhos para encarar os de Endívia. A sensação de algo a estar vigiando sempre só podia ser por causa daquela mulher, que nunca envelhecia. Seus olhos vasculharam inutilmente um pouco mais fundo, tentando descobrir se ela era mesmo quem Branca de Neve suspeitava ser.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Inutilmente. Seu pai está descansando! É melhor sair daqui, vamos. Vá ler alguma coisa no seu quarto, ou seja lá o que você faz por lá. Não me importa. - Endívia fechou a porta do quarto real rapidamente, e empurrou Branca de Neve com desgosto pelos ombros.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Endívia, por quê você aumentou os impostos? - Uma pergunta rápida. Branca de Neve tinha 13 anos, e sabia de tudo o que acontecia no reino de seu pai. Sabia de cada morte, conhecia cada família. Nunca saíra do Castelo, mas sempre teve seus espiões dignos de confiança e caminhava por ele recolhendo boatos. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- De quê te interessa? - Com um empurrão foi jogada no chão de seu quarto, e a porta foi fechada com um baque surdo. Ouviu a porta ser trancada e a chave ser entregue a um guarda que teve como dever vigiar Branca de Neve. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ela suspirou, levantando do chão e indo diretamente à sua janela. Abriu-a e pôde ver a miséria que seu povo estava passando. Uma criança empurrava uma carroça dolorosamente, tentando ajudar seu avô. Provavelmente o pai desta morreu na Guerra de Todos os Tempos, como foi chamada a duradoura guerra pelo amor de Lilian.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Fechou a janela e tentou imaginar algum bom futuro para aquele reinado. Seu pai estava doente, Endívia agora "governava", e esta parecia nunca sequer dar um indício de morte próxima. Esse pensamento fez com que Branca de Neve buscasse em sua estante o livro de capa vermelha. Quando o achou, pegou a bonequinha que estava ao lado dele, com cabelos penteados e um sorriso irreal. Lembrava-se bem daquele dia, mas ainda sim não conseguia acreditar que suas suspeitas estivessem certas. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Abriu o livro em uma página marcada com uma rosa branca murcha. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- </span><span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Em um sonho... Você dará o seu amor para mim? Implore para que o meu coração partido bata. Salve minha vida. Mude minha mente. - Sentou-se em sua cama e acariciou os cabelos de sua boneca enquanto lia. - Se eu cair e tudo estiver perdido, s</span><span style="color: purple; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">em uma luz para mostrar o caminho, l</span><span style="color: purple; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">embre-se de que em total solidão é</span><span style="color: purple; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"> onde meu lugar se encontra. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Ela olhou para cima.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">É claro!</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Jogou o livro no chão e correu até a porta.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- EI, DEIXE-ME SAIR! </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O guarda abriu uma pequena janela e observou os olhos de Branca de Neve.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Perdoe-me, Branca, mas são ordens da rainha.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Que a rainha se dane, seu bastardo. Deixe-me sair. Voltarei logo, ela nunca saberá que eu fui na cozinha. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Se quiser comer, senhorita, é só pedir que eu vou buscar algo para você...</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Não! Eu quero ir sozinha. Só eu sei fazer o que eu gosto. - Ela revirou os olhos e cruzou os braços. - Agora deixe-me sair! </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Hesitante, o guarda abriu a porta do quarto de Branca de Neve. Com passos delicados, mas rápidos, ela passou enigmática por ele, indo em direção a cozinha. No meio do caminho, certificando-se que não estava sendo seguida, desviou por um atalho até os aposentos reais. Ela sabia que Endívia não estava ouvindo o povo. Ela nunca ouvia. Com uma chave que tinha escondida na manga de seu vestido, abriu em silêncio a porta e entrou no quarto, deslizando até a cama. Observou seu pai dormindo, e abriu a gaveta do criado mudo. Seus olhos vasculharam tudo o que tinha lá, desde documentos antigos até chaves. Pegou o molho de chaves e uma carta com cheiro de rosas. O selo era minúsculo, mas tinha o formato de uma gota de sangue. Quem sabe até mesmo fosse. Estava se levantando para sair quando ouviu a porta ranger. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Merda. - Sussurrou e enfiou-se debaixo da cama. Seu coração bateu forte, e mais uma vez sentiu-se vigiada, como sempre se sentia ao estar no mesmo cômodo que Endívia. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A rainha caminhou pelo quarto, o salto fazendo um barulho ensurdecedor, e então puxou um longo lençol.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Um espelho de 2 metros de altura foi exposto. Com moldura de ouro e diamantes, e o vidro completamente brilhante. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu? </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Um rosto começou a se formar na superfície do espelho. Não era o rosto de Endívia, mas sim o de Branca de Neve. Ou melhor: de Lilian. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O rosto parecia pulsar que nem o coração que Endívia tinha nas mãos. Os olhos de uma Lilian velha e cansada vagaram pela sala, e outra resposta foi dada:</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Meu tempo se acaba. A magia não é duradoura como você imaginava. Meu coração pára de bater e logo sua juventude levará tudo consigo. Encontre um coração tão poderoso quanto o meu, possua-o e deixe-me ir. Logo de nada mais lhe serei útil. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- O que você está dizendo?! - Endívia bateu o pé e Branca de Neve notou os olhos da mulher no espelho encarando-a. Ela sentia-se completamente atraída por aquele olhar, como se o conhecesse. Ela não sabia que era sua mãe, também seria difícil reconhecer pelos traços de uma doença incurável que preenchiam cada espaço da pele da Rainha da Neve.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Estou dizendo, minha rainha, que deverá matar a minha herdeira. Meu coração nela bate e revive, mas o dela ainda é jovem e possui um destino a ser cumprido. Caso a Princesa da Neve note que seu tempo aqui é agora inútil, irá embora e procurará quem realmente lhe dará o que precisa. Tenha-a antes que isso aconteça, e não a subestimes. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Subestimá-la? É uma idiota fofoqueira. Eu a tenho em minhas mãos. Seu coração também. - Endívia revirou os olhos e pela primeira vez notou que não tinha tido sua pergunta respondida. - Agora diga-me: existe alguém mais bela do que eu?</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O quarto ficou em silêncio. Branca de Neve tentava não fazer barulho, mas achava que sua respiração não colaborava. O espelho continuava encarando Branca de Neve, tendo uma conversa silenciosa com a menina. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Por fim falou:</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Cabelos escuros como a noite, pele branca como a neve. Lábios vermelhos como o sangue, os olhos recitando uma baixa prece. Saia de seu esconderijo e fuja, minha doce, doce Branca de Neve. </span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-26857179604239756962012-10-16T11:02:00.000-07:002012-10-16T11:02:33.142-07:00Branca de Neve. Capítulo 1- A profecia.<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Era uma vez uma linda menina.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Tinha cabelos escuros como a noite, pele branca como a neve, lábios vermelhos como sangue. Seu nome era Branca de Neve, e muitos a reconheciam pela sua grande beleza. Filha do Rei de Hibéria, era a única herdeira ao trono. Seu pai era muito apaixonado pela sua mulher, mãe, obviamente, de Branca de Neve. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Porém, um dia a rainha foi raptada pelo Rei de Montwaks para ser sua esposa. O pai de Branca de Neve teve um ataque de fúria, ódio e desprezo por sua mulher e pelo Rei, que tinha conseguido casar-se com Lilian, a rainha. Uma longa guerra sucedeu este acontecimento. Vidas foram desperdiçadas, de homens, mulheres e crianças, por causa dos ciúmes do Rei de Hibéria.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O auge daquela batalha foi em um monte, chamado Everest. Quinhentos soldados se encontraram para a batalha que por fim decidiria o vencedor de toda aquela atrocidade. Os homens estavam enfraquecidos, arrasados, alguns com braços quebrados e rostos desfigurados; mas de qualquer forma, foram à luta. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Os reis se encaravam de forma mortal, com olhos sedentos por sangue. Mas o Rei de Montwaks tinha sua arma secreta: Lilian tinha sido levada para a batalha. Uma moça velha a acompanhava, corcunda, puxando-a pelos cabelos iguais aos de Branca de Neve. A rainha chorava e implorava por misericórdia. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- E então, Dervan, o que irá fazer? - Próssigos, Rei de Montwaks, desafiou com um sorriso maldoso Dervan. - Cabelos como a noite, pele como a neve. - Ele desceu do cavalo, que balançou a crina observando os corpos ensaguentados em volta dele. - Lábios como o sangue, olhos recitando uma prece. - A velha, que não tinha sido notada por Dervan no começo, deu uma risada e segurou uma faca em frente ao coração de Lilian. - Dê-me seu coração, doce rainha da Neve. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- NÃO! </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Um grito ecoou pelo monte Everest, e sangue manchou o chão. Com um puxão profissional, o coração da falecida rainha pulsava friamente nas mãos da velha.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- SEU MALDITO! - Dervan correu com a espada em punho, mas com um último sorriso Próssigos e a velha já tinham sumido. Agora era somente ele, os mortos, e seu coração despedaçado.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Enquanto isso, no Castelo, Branca de Neve brincava com uma boneca. Era igual a mãe, mas tinha um olhar frio e distante. Os olhos eram azuis, como safiras, perdidos em um tempo e espaço desconhecidos. Ela tinha 6 anos quando tudo isso aconteceu. Ela cantarolava uma música em silêncio, sobre como seu coração seria do príncipe que a teria, sobre como ela dormiria anos e anos somente para sonhar, sem medo, no céu e em seu destino. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">É claro que ela não sabia o que aquilo tudo significava. Ela lera em um livro, um livro com capa vermelha, fecho de ouro e folhas envelhecidas.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Em um sonho... Você dará seu amor para mim? - Seus lábios moviam-se delicadamente enquanto penteava os cabelos loiros da boneca, e então sua cantiga foi interrompida por um eco surdo.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O coração da menina bateu forte, como se fosse explodir, e ela gritou da mesma forma que sua mãe estava gritando por piedade. Jogada ao chão, nossa querida Branca de Neve tinha lágrimas nos olhos, que encaravam cansados e amedrontados a moça de preto em sua frente: cabelos loiros, pele branca, olhos verdes cruéis. Jovem, encantadora. Porém tinha um sorriso frio e vingativo. Em suas mãos, um coração que batia lentamente, tentando sobreviver.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ela caminhou até Branca de Neve e passou a mão em seus cabelos, deixando um rastro de sangue.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Cabelos como a noite, pele como a neve. Lábios como o sangue, olhos recitando uma prece. Dê-me seu coração, querida, querida Branca de Neve. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-29873477347269948732012-08-31T15:14:00.000-07:002012-08-31T15:48:02.146-07:00Você tem medo?<span style="color: purple;"></span><br />
<div>
<span style="color: purple;">Sons tenebrosos cobriam a casa como se a chuva não trouxesse somente a solidão em nossos corações. Como se as árvores se movessem, como se os raios adentrassem em seu quarto pelas janelas, queimando sua alma, afugentando sua coragem, trazendo a tona tudo o que você mais teme. A fumaça do medo consome sua visão, consome seu coração e consome sua vida. A face inexistente, o desconhecido... O que poderia ser, além de um pouco mais do que histórias de terror mal contadas? Esta era a realidade.</span></div>
<span style="color: purple;">
</span>
<div>
<span style="color: purple;">O coração de tinta comido pela sombra volta a bater, gelatinoso e intolerante. Uma vibração, uma dor. Um toque frio, a Morte. Damos nome aos nossos segredos, ou é somente o desejo de esconder nossas tramas?</span></div>
<span style="color: purple;">
<div>
Meus membros temiam se mover, pois a qualquer passo meus ossos se quebrariam com um susto repentino. Estava presa em um mundo misterioso e impossível de se enxergar. Onde estava eu, afinal? Não podia me ouvir, pois o meu pesadelo gritava cantigas de ninar que me lembravam de coisas que eu já tinha perdido.<br />
- Meu Deus, - Eu implorava - proteja-me. - Mas minha boca lacrada em linhas de aço impedia que minha voz gritasse e implorasse por alguém...</div>
<div>
E, maldito seja aquele momento, que as lágrimas vieram e minha boca se libertou, em sangue e água, em breu e chuva. A vida fria, a visão curva. Impossível era sentir, impossível era implorar, mas eu podia compreender que já não havia mais existência para mim... Ele havia chegado, havia me possuído. Lá estava, ele a me levar...</div>
</span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-77253529343933279832012-08-22T17:08:00.003-07:002012-08-22T17:08:23.199-07:00Conclusões<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Então é por isso que você não me ama - eu me ouvia sussurrar. - Por cada detalhe, cada diferença... Sou tragédia atrás de tragédia, sentindo só uma necessidade intensa de um amor não correspondido. Sou como a neve em um dia de sol, que não combina com o tempo e logo desmancha em água, que seca e vira nada. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Então é por isso que você a quer - meu coração se apertava ao me entender balbuciar. - Por cada semelhança, e cada carinho. Por cada risada e cada compreensão... Ambos se completavam tão bem... Ela era o Sol, você o Mar. Ela era o caule, você a flor. Cada um se sustentava no outro... Isso era o que eu realmente queria ter.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: purple;">Então é por isso que se chora - pude sentir as lágrimas descendo por meu rosto, e meu lábio inferior tremendo em um frio que ninguém iria afugentar. - Porque a dor de amar se junta ao fracasso. Fracasso por não ser o que se queria. Se junta a inveja. Inveja de ela ser. Se junta ao ciumes, à tristeza, se junta ao desejo e à uma fortaleza de cartas que com um simples sopro de "não" se cala e cai.</span> <span style="color: magenta;">Porque amar é uma arte, e nem todo mundo é artista.*</span></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">*Renato Russo</span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-42364523813332405692012-07-02T12:29:00.002-07:002012-10-15T16:12:22.990-07:00Fear Of The Dark - Part 1<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">When the darkness comes play with your heart, you need to be strong. When the first sunbeam caresses your face, you need to send it away. When the first bullet passes through your body, you need to just stop the pain and keep fighting. So, what we need do when a human hurts you? When it is a human that plays with your heart, when it is a human that caresses your face and then destroys you on the same night? </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"> My name is Katherine, and I used to hide in my shadows. But in a stupid day, I decided I knew more of the world that I was helping to destroy.<br /> The war was hitting on all the windows. Bodies in the street were nothing compared to the screams of agony. Buildings and houses were on fire. And the Death was working really hard to take away all the souls.<br /> I don’t need to say more. I was on the Second World War. <br /> Hardly did the people see the sun these times. When the fire started, and the smoke covered their eyes, I was safe. Safe to left my refuge and finally satisfy my wishes. <br />In the middle of my way, passing by a lot of kids without their moms, or dads without wife, or moms without husbands, or no one; I saw Diego. Probably hunting for food, too. I rolled my eyes. I never liked him, and now I needed to share with him my food? <br /> -What are you doing here? – I screamed. No need to worry about someone. Go there and tell what was happening to Lucius. <br /> -Oh! Katherine! – He smiled and, in seconds, he was hugging me like he had never done before. – You’re so pretty today… Are you eating more than the appropriate? – Diego laughed, as he examined my hair. – Lucius is not going to like this…<br /> -O.K., what do you want? – I slapped his hand and crossed my arms. – I don’t have food. I’m hungry, and for all this time I was hiding, as Lucius asked. And you? As for what I’m seeing here, you look really… pleased… Are you hiding something, Diego? - My mouth stretched into an abused smile. <br /> -Look, Katherine. – Diego mimicked my smile. – Lucius doesn’t need know anything about us. I just want to eat a little more, like you and our entire race wants it too. So, you’d better shut up, and keep walking. I’ll go to the right, you will go to the left. <br /> -Better than seeing your face again, pretty boy. <br />I really hate myself for saying that. I was never so wrong.<br /><br />Obs: Essa história é completamente original minha, é para o projeto de inglês. Espero MESMO que eu tenha essa chance... Minha professora de inglês corrigiu para mim, então o texto está correto. Obrigada.</span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-64680340131259402702012-06-30T12:22:00.001-07:002012-06-30T12:22:25.650-07:00Resista.<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">"Vou tomar banho" - É o que você diz.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Caminha pesadamente até o banheiro, sem os outros notarem seus ombros curvados.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Entra, fecha a porta. E admira seu reflexo no espelho. Suspira, e começa a tirar sua roupa.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Observa sua silhueta com o sutiã e a calcinha, ainda. Solta o cabelo, e deixa que ele caia em cascatas por seus ombros e costas. Suspira mais uma vez, está difícil respirar.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Tira o sutiã. Abaixa o olhar. Observa seus seios. Passa a mão pelo cabelo, passa por seu pescoço... Desenha todo seu corpo, acariciando seus ombros, apertando seus seios, fazendo curvas ao chegar em sua cintura. Tira a calcinha. E então entra no chuveiro.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">O liga. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Entra debaixo dele, a água gelada batendo em suas costas, lavando todas as impurezas... Você desaba no chão. </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Deixa as lágrimas caírem.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Todos os seus suspiros tornam-se soluços, mas não é preciso se preocupar. A água ainda está caindo forte, abafando todo o som, espancando suas costas, desenrolando seus cabelos, fazendo as lágrimas não aparecerem.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Você continua chorando... O que sua vida tinha se tornado? Uma farsa... Continua chorando, pensando em tudo de bom que você tem... Tentando ignorar sua dor insignificante e tentando convencer a si mesma de que sua vida é perfeita. Os insultos, as brigas... Aquilo não é nada... Você pensa nos que lutariam para ter tudo o que você tem... E se sente mais impura ainda... </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">De repente, a água não consegue mais limpá-la. Você chora agora por sua ignorância...</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">"Querida, a dor é algo inevitável, mas o sofrimento?"</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">"Opcional..."</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Vozes não conseguem a convencer... Somente a deixam pior.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Sentir dor, as vezes pensar em si... Não faz mal, minha querida. Chorar e deixar que a febre passe é somente sua maneira de suportar. Sorrir, você o faz tão bem. Tão lindo.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Deixe virar realidade...</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Ignore os gritos, os machucados, e concentre-se no que te faz bem... Esqueça todos.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">E ame aqueles que ainda te fazem sorrir verdadeiramente. </span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-85887356571472239922012-06-27T13:32:00.000-07:002012-06-27T13:32:19.516-07:00E eu voltei (de novo)<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Para azar de vocês, meus amiguinhos e leitores (mentira, não tenho amiguinhos nem leitores), eu voltei!</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">O.k. Eu passei por um castigo (um?) e por um certo desinteresse quanto ao meu blog, já que eu fiquei completamente bloqueada e nada de bom acontecia comigo, ou ruim, para minha mente se iluminar e eu ter mais ideias para escrever.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">E eu também tava estudando.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">E OLHA, VALEU A PENA, PORQUE EU TIREI 10 NA PROVA DE MATEMÁTICA!!! (aplausos pra Tia Manu)</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Enfim...</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Mas eu voltei pra vocês. Muitas coisas aconteceram, que me levaram para um novo astral. Começando com minha professora de Português, que está mesmo me apoiando bastante sobre os meus textos, como melhorá-los e me explicando o cada um deles são... Tipo, contos, e essas coisas. É.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Depois meu professor substituto de inglês! Esse foi quem mais abriu portas para mim.</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Ele disse que eu escrevia muito bem (o que eu acho ser mentira, porque eu realmente escrevo muito mal), e me convidou para um projeto que ele estava fazendo. O projeto consiste em escrevermos histórias, em inglês, obvio, que irão ser publicadas em um livro!</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">GENTE, IMAGINA ISSO! UMA HISTÓRIA MINHA PUBLICADA EM UM LIVRO!!!!</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Ia ser simplesmente fantástico!</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Mas como eu tenho completa certeza sobre isso, decidi voltar com meu blog. Sei lá, né? Se eu puder manter uma identidade. Claro que eu vou continuar tentando escrever meus livros, etc e tal. Mas se não der certo? Eu quero um nome, nem que seja pela internet. Quero MESMO ser escritora. Quero MESMO ser artista, atriz... Quero MESMO fazer o que eu quero, o que eu gosto... Quero que isso cresça, quero que eu cresça... </span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">E por isso estou aqui. Tentando crescer, aprender e melhorar!</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">E QUE VENHA 2012 COM TUDO, POIS MANUELA CATALINA ESTÁ PREPARADA!</span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-2631289852471086472012-04-10T19:15:00.000-07:002012-04-10T19:15:14.884-07:00Como você...<span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Respire, meu amor... Fique calma... Conte até três, fique leve... Esconda-se na penumbra, se camufle com as sombras, fique escura, fique escura... Não sonhe, não ouse iludir-se. Estou aqui para entorpecer a dor que lhe cobre o coração, que a luz ainda não conseguiu curar. Não pense, não escute. Feche os olhos, por favor, não veja os sacrifícios que tive de fazer, para poder te salvar.<br />
Saiba, meu amor, que eu sentirei raiva de mim por poder respirar sem você. Saiba, meu amor, que eu me sinto sozinho, saiba que eu preciso dos seus beijos para esquentar-me o corpo. Mas por enquanto você fica aqui, fria, deitada no jardim, coberta pelas flores, que um dia eu recolhi cuidadosamente, em homenagem à você.<br />
Meu amor, por favor, lembre-se que eu não estou de luto por você, eu não deveria. Você não está morta, é somente um sonho eterno. Tente me convencer, que um dia você acordará, e novamente irá beijar meus lábios, umedecendo-os e os deixando leves.<br />
Eu não vou esquecer de você, todas as noites voltarei para a mesma escuridão, e lá ficarei, a acariciar-lhe os cabelos, chamando-a de volta, esperando para me deitar ao seu lado, para te encontrar. <br />
Mas como dói! Como machuca, como a solidão me consome aos poucos e faz com que eu perca as forças aos poucos. Como dói o fato de eu sentir, enquanto estás tão quieta em teu canto, com nenhum sonho, com nenhum pesadelo. Nos quais eu não vivo, aos quais eu nem sequer pertenço.<br />
Quando essa barreira vai se destruir? Quando poderei segurar sua mão novamente? Eu não quero esperar muito tempo, mas não posso apressar as coisas... Deixe eu beijar seus lábios mais uma vez, não me deixe dormir sozinho.<br />
Por mais que essa dor vicie, por mais que eu tenha ficado apaixonado por essa tortura todos os dias, por mais que eu não queira viver sem a sensação de vazio; você me ensinou que não posso esquecer. Por favor, você sabe, fique comigo, eu posso deixar esse vício ir. Por você, simplesmente por você...<br />
Entenda, meu amor... Nunca fiquei de luto por você, querida... Pois eu estarei do seu lado, você só têm sonhos leves, o tempo passa rápido. Eu sei que quando eu chegar lá, você irá se lembrar, e correrá para mim, com suas plumas delicadas, e me levará para perto de você...</i></span><div><span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><br />
</i></span></div><div style="text-align: right;"><span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;"><span style="color: cyan;">Inspirado nas músicas "Like You" e "Lithium" - Evanescence</span></span> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVWQ8syIQsyOqIS7LPfpufCOZbU_6R4SBTHKazHYB3HyM1F4QomPheIpmshZNY-GfrCtJ4uxm9L0Z-bS0n37OV0_aq9p30MQnAvx12VgSqy98UOlIp_Pcsr5cp2Lv1h6pNp3iX_c28HQTe/s1600/Untitled+LaraJade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVWQ8syIQsyOqIS7LPfpufCOZbU_6R4SBTHKazHYB3HyM1F4QomPheIpmshZNY-GfrCtJ4uxm9L0Z-bS0n37OV0_aq9p30MQnAvx12VgSqy98UOlIp_Pcsr5cp2Lv1h6pNp3iX_c28HQTe/s320/Untitled+LaraJade.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: right;"><span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;"><span style="color: cyan;"><br />
</span></span></div>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-66448731513974211522012-03-30T11:50:00.000-07:002012-03-30T11:50:14.806-07:00Entendimento - Evanescence<div style="text-align: center;"><i><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">"Você guarda as respostas em sua própria mente</span></i></div><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><div style="text-align: center;"><i>Conscientemente você as esqueceu</i></div><div style="text-align: center;"><i>Essa é a forma como a mente humana funciona</i></div><div style="text-align: center;"><i>Sempre que algo é muito desagradável</i></div><div style="text-align: center;"><i>Ou muito vergonhoso para suportarmos</i></div><div style="text-align: center;"><i>Nós rejeitamos isso</i></div><div style="text-align: center;"><i>Nós apagamos isso da nossa memória</i></div><div style="text-align: center;"><i>Mas a marca está sempre lá"</i></div></i><br />
A dor que oprime você<br />
O medo que cega você<br />
Liberta a vida em mim<br />
<br />
Em nossa vergonha mútua<br />
Nós escondemos nossos olhos<br />
Para cegá-los da verdade<br />
Que descobre um caminho através de quem somos<br />
<br />
Por favor, não tenha medo<br />
Quando a escuridão desaparecer<br />
O amanhecer quebrará o silêncio<br />
Gritando em nossos corações<br />
<br />
Meu amor por você ainda cresce<br />
Isso eu faço por você<br />
Pois eu tentei lutar contra a verdade<br />
Pela última vez<br />
</span><div style="text-align: center;"><i><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">"É esperado que tentemos ser reais</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">E quando vocês se sentem sozinhos</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Vocês não estão juntos</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">E isso é real"</span></i></div><div style="text-align: center;"><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Não consigo limpar tudo<br />
Não consigo desejar tudo<br />
Não consigo chorar tudo<br />
Não consigo rasgar tudo<br />
<br />
Deitada ao seu lado<br />
Ouvindo você respirar<br />
A vida que flui dentro de você<br />
Queima dentro de mim<br />
<br />
Abrace-me e fale comigo<br />
Sobre amor, sem um som<br />
Diga que você vai superar isso<br />
E eu morrerei por você<br />
<br />
Não me afaste<br />
Diga que você estará comigo<br />
Porque eu sei que não posso<br />
Suportar tudo isso sozinha<br />
</span><div style="text-align: center;"><i><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">"Você não está sozinha, querida, nunca, nunca"</span></i></div><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
Não consigo lutar contra tudo<br />
Não consigo esperar por tudo<br />
Não consigo gritar tudo<br />
Simplesmente não vai desaparecer<br />
<br />
Não consigo chorar tudo<br />
Não consigo esperar por tudo<br />
Não consigo gritar tudo<br />
Oh, até que vá embora<br />
Oh, até que vá embora, sim, sim</span><div style="text-align: center;"><i><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">"Mas a marca está sempre lá</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Nada é realmente esquecido"</span></i></div><span style="color: cyan; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
Deus, por favor não me odeie<br />
Porque eu morrerei se você o fizer</span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-11786014676004049672012-03-25T13:50:00.001-07:002012-03-25T13:51:44.146-07:00...<span style="color: cyan;">Acho que estou repetindo tudo. Tudo sempre a mesma frase: eu ando sonhando com você.</span><br />
<span style="color: cyan;">De olhos abertos.</span><br />
<span style="color: cyan;">Acho que ando cansada da dor, ando cansada de sentir sempre o mesmo, diversas vezes, igual, mas com pessoas diferentes.</span><br />
<span style="color: cyan;">Será que eu ainda não aprendi? Eu odeio essa minha burrice.</span><br />
<span style="color: cyan;">Eu peço por vingança, por mortes, mas eu só consigo matar a mim mesma, por dentro, tentando me convencer que um dia passa.</span><br />
<span style="color: cyan;">Até agora não adiantou muito. Até agora meus sorrisos ciumentos não fizeram a chama parar de queimar dentro de mim, consumindo-me lentamente, até que eu queime por fora também.</span><br />
<span style="color: cyan;">E dessa vez as lágrimas só vão fazer com que queime mais, com que doa mais, elas não aliviam.</span><br />
<span style="color: cyan;">Eu queria poder dizer que elas têm um gosto muito ruim. Queria poder confiar com um abraço amigo, mas eu sinto e sei que só ganharei um "pare de ser boba, vai estudar, você é nova de mais para isso."</span><br />
<span style="color: cyan;">Mas acontece que crianças amam, e elas se machucam mais por não saberem lidar com isso.</span><br />
<span style="color: cyan;">Eu sou uma criança, sou um bebê. Ainda estou crescendo, e tentando desabrochar. Mas ninguém me rega, ninguém me ajuda, ninguém me segura quando eu caio. Eu quero que alguém me segure, quero que alguém me regue.</span><br />
<span style="color: cyan;">Eu sofro calada, por medo. Já usaram tanto minhas palavras contra mim... Eu posso confiar em vocês? Isso dói, dói muito, eu sei que vocês sabem, eu só quero chorar num ombro amigo, que me ame igual, que me beije igual, que me queira igual.</span><br />
<span style="color: cyan;">Eu não revelo nada, por mais que perguntem. Um dia eu revelei, e não foi bom no outro dia. Eu chorei, porque machucou o que me disseram. Querem que eu me ame, mas fazem com que eu me odeie. Falam que eu sou bonita, mas me olham com nojo. Me chamam inteligente, mas reviram os olhos quando eu comento algo.</span><br />
<span style="color: cyan;">Eu tentei, por favor, eu sei que sou nova de mais, mas eu tentei superar. Só que depois de certo tempo, minha maturidade se esvai. Eu sinto vontade de cair, num lugar escuro, abraçar meus joelhos e molhar minha roupa com lágrimas.</span><br />
<span style="color: cyan;">E eu faço isso sozinha, com meu travesseiro sendo o único que escuto meus gemidos de dor.</span><br />
<span style="color: cyan;">Parem de falar que me conhecem, sem saber o que eu sinto. Parem de falar que é bobagem, pois eu nunca fui forte o suficiente. Eu sempre precisei de alguém para me segurar, eu não tenho equilíbrio pra andar nessa corda bamba confusa de mais para mim.</span><br />
<span style="color: cyan;">Eu sei que vocês querem me ajudar, as vezes, eu sinto que só as vezes, mas eu não posso mais confiar em vocês. Não mais nas palavras, nem em ninguém, nem nos sorrisos, nem em nada.</span><br />
<span style="color: cyan;">Eu quero ele aqui para me abraçar. Eu quero poder chamá-lo de melhor amigo, mesmo ele sendo meu amor eterno. Eu sei que sim. Eu pensei que esse amor tinha passado, mas um amor nunca se vai.</span><br />
<span style="color: cyan;">Mas essa distância que me impede, essas mentiras que eu tive que contar pra poder pelo menos ter contato com você. Eu não posso suportar o fato de eu ser fraca de mais para tudo isso... Não, eu não posso.</span><br />
<span style="color: cyan;">Eu sou, não sou?</span><br />
<span style="color: cyan;">Fraca.</span><br />
<span style="color: cyan;">Fraca de mais...</span><br />
<span style="color: cyan;">Por que eu ainda tento enganar vocês?</span><br />
<span style="color: cyan;">Vocês que conseguem ver quem eu sou, em casa linha, em cada vírgula... Em cata reticências que eu dou, esperando que algo melhore, e eu complete meu texto para se tornar um final feliz.</span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-54310209353791930572012-03-25T08:23:00.000-07:002012-03-25T08:23:25.095-07:00Nas mãos de Lúcifer.<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Corra, desgraçada, corra. Ele não a conhece, ele não a ama. Deixe-o arder nas chamas, deixe-o ser dilacerado. Morra, desgraçada, morra. Pois seu amor nunca serviu de nada. Deixe que Lúcifer te leve, deixei que ele sabe o que fazer contigo. </i></span><div><span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Chore, boba, chore. Ninguém aqui vai te ouvir. Ninguém aqui vai te socorrer. Seus gritos são mudos, seus olhos são cegos. Lúcifer não a deixará ir. </i></span><span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Sinta, criança, sinta. Sinta cada garra em sua pele, cortando-a levemente. Lembre-se, pergunte-se: por quê com ele criança? Por quê ele?</i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Sinta-se cada vez mais inútil! Note suas lágrimas evaporando-se no chão. Elas não servem de nada, elas não curam, elas são veneno. Lúcifer as usará, para envenenar o seu amado. E por mais que você chore e clame, por mais que peças misericórdia, ele somente sorrirá mostrando as presas, e cortará um pouco mais de você.</i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Fuja, criança, fuja. Tente, mas ele irá te encontrar. Ele sabe onde procurar, ele quer seu sangue, e ele o tem. Vamos, corra, tente viver, mas Lúcifer não deixará sua vida calma, pois agora você está morta e não tem como voltar.</i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Sua alma é dele, boba, sua alma é dele.</i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Agora ele poderá lhe despedaçar.</i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Chore, pode chorar. Suas lágrimas o atraem ainda mais, seus lábios rosados o deixam ainda mais excitado. Ele quer o mal, criança, ele quer você. Ainda não aprendeu isso com o seu amado? Corpo, é isso o que eles querem. Sentimentos não valem para nada! Somente os orgasmos e os gritos de dor os saciarão.</i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Esqueça, desgraçada, esqueça. Eles não vão se importar com as palavras que você disser. Eu te amo? Que boba! O amor na língua deles não está, ele se traduz em violência, em sangue, em morte. </i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Isso, criança, isso! Pergunte-me como isso foi acontecer, sua tola! </i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Você os chamou, você quis tudo isso. Você implorou por prazer, você implorou por vingança.</i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Você virou um sacrifício.</i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Agora ature, agora chore, grite, e veja-se nua na frente de Lúcifer. Ele beijará seu corpo, ele quer ouvir seus gemidos.</i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Acha que seu amado vai vir correndo para te salvar? Mal sabes que ele está assistindo a tudo isso, com um sorriso, esperando sua deixa para entrar e poder se saciar novamente.</i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Menina boba. Menina estúpida.</i></span><br />
<span style="color: orange; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Não confie naqueles que uma vez já mentiram para você, garota. Eles são os primeiros que a mandarão para o inferno...</i></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEdLoNGEKPfBC_TJKelBFJ2oh9WalYn8SvKZhwWzhvGp4G-exQpyhJcFmJTc7EuLxpqY9HzRNRs0kQXD3-laIzrfb6gOUodqH4EBH27JTJN_48DONCZyh2bC65c_jx0GN9zLgGraVWQlK2/s1600/Anjo+dos+Mortos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEdLoNGEKPfBC_TJKelBFJ2oh9WalYn8SvKZhwWzhvGp4G-exQpyhJcFmJTc7EuLxpqY9HzRNRs0kQXD3-laIzrfb6gOUodqH4EBH27JTJN_48DONCZyh2bC65c_jx0GN9zLgGraVWQlK2/s320/Anjo+dos+Mortos.jpg" width="265" /></a></div><br />
</div>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-57038590202715506382012-03-18T08:22:00.000-07:002012-03-18T08:22:48.557-07:00A imortalidade da Morte<div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Eu vejo uma vida distinta, oculta, maravilhosa. Escondida na escuridão.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Para aqueles que sentem medo da morte, eu suplico que não a tema.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Pois com ela em troca vem-se a paz tão esperada pelos humanos, mortais queridos por Deus...</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Enquanto a mim, que me cabe a imortalidade, somente posso ter o prazer de sonhar com esse paraíso, pois minha pele se apodrece, meus olhos param de ver, meus ouvidos de escutar, mas a minha fala nunca cessa.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>E com ela eu disparo palavras de saúde, de amor, de felicidade, fertilidade, paz.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>E meus olhos ainda podem chorar, lembrando-me de que nunca senti coisas do tipo...</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Realmente, a morte tem seu lado ruim.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Com ela você se esquece dos sentimentos.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Acaba entorpecida e se vê desprovida deles, os seus preciosos sentimentos.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Não, não estou morta.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Eu sou a morte.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>E estou sozinha.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Diferente daqueles que me cercam, e dormem sonhos ou pesadelos.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Estou cercada pelos meus súditos, mas eles não me amam pelo bem que eu fiz a eles.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Dormem deixando-me só, jogando-me maldições.</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Mas não posso sentir raiva, não posso chorar sentindo o gosto de minhas lágrimas: minha imortalidade assim não o permite.</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT1xxtKH_H7vjLN7n1TPvHjROFjb_fH19H8DHM_VbnNRINQMQezIgcc05wgvjwfmOnq5iCyHgp2yazb_DQgQqFldRyXiIwE_zS05vKWn5MQc_oMGjEOfsaQjX0FSzvJr-hfuYp4-W5cG4-/s1600/Tu+vistes+a+l%5Bapide....jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT1xxtKH_H7vjLN7n1TPvHjROFjb_fH19H8DHM_VbnNRINQMQezIgcc05wgvjwfmOnq5iCyHgp2yazb_DQgQqFldRyXiIwE_zS05vKWn5MQc_oMGjEOfsaQjX0FSzvJr-hfuYp4-W5cG4-/s320/Tu+vistes+a+l%5Bapide....jpg" width="320" /></a></div>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-44011918550862457152012-03-17T09:54:00.000-07:002012-03-17T09:54:58.129-07:00Não sou um conto de fadas...<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Eu já sonhei com nós dois juntos.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Sonhei que você caia, que eu ia embora, passos curtos e lentos, em direção à escuridão indefinida, que cobria meu rosto e minhas lágrimas.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Eu podia ouvir seus gritos... "Por favor, não me deixe aqui. Por favor, volte para mim. Por favor, eu necessito de você..."</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Mas eu fiz com que eles se dissipassem, fiz com que eles obscurecessem em volta de mim, a ponto de eu ficar surda, e não poder mais o ouvir.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Sentia o gosto das lágrimas na boca, todas aquelas mentiras me cobrindo como uma armadura.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Eu podia ouvir o vão do precipício o devorando aos poucos, uma eternidade para você, um peso rápido para o monstro da morte.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Lembranças, eu sabia que elas passavam por sua mente, como passavam pela minha lembranças de desgosto, nas quais eu caia e você ria de minha cara, não importava o quanto eu suplicava.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Agora era minha vez de rir, mas em vez disso eu provava das lágrimas amargas. </i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Um oceano inteiro saindo de meus olhos, um oceano inteiro guardado, brotando e caindo ao chão, junto com a chuva que cantava, vindo do céu púrpura.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>E as gotas que desciam junto com minhas lágrimas cantavam... Histórias de amor impossível, de bestas medonhas, de beijos heroicos. Princesas sendo salvas, príncipes as tendo em seus braços.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Eu não sou uma princesa, nunca fui, nunca serei. Você sabia bem disso? Você também não é um príncipe de olhos azuis, você pode notar?</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Os monstros pelos quais você dizia lutar não existiam, pois seu cavalo branco fugiu, deixando-o sozinho, na penumbra, tão vulnerável com uma espada quebrada. </i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>E a princesa que não existia, esperou. Esperou, e você não se preocupou com ela. Você voltou com a bruxa e riu, deixou-me sozinha naquela torre.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Eu não sou nenhuma princesa, você pode perceber? Não sou nenhuma beldade, eu sei que você sabe. Eu não sou o que todos querem, mas eu quero alguém como todos.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Eu não encantadora, eu não uso sapatinhos de cristal. Eu só quero lutar e curar com minhas lágrimas, e servir de bem para o mal.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Então, quando eu acordei desse sonho, com você ao meu lado, adormecido, com um sorriso no rosto, parecendo cansado, eu fui embora.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Você não é nenhum príncipe encantado, e eu não posso pedir por um. Eu não mereço.</i></span><br />
<span style="color: cyan; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Mas acontece, meu amor, que você não chega aos pés nem do bêbado no bar, enlouquecido com as músicas de mulheres nuas, que em todas as histórias têm...</i></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSbJO0dCwrvhqvCwVafPR7H_2hGn8_BhBmmbiVsvmq5zTQYu_tKAp4LJIPGdLsv1iU2_dp47HOn4tffOOm4ExSvVPhfRwFXBMebo3E3BVYBLEJZV5fJX5YsF8daizAUM1rPUDpPbbrZsI/s1600/tumblr_kvnoohR8T51qadotro1_400.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSbJO0dCwrvhqvCwVafPR7H_2hGn8_BhBmmbiVsvmq5zTQYu_tKAp4LJIPGdLsv1iU2_dp47HOn4tffOOm4ExSvVPhfRwFXBMebo3E3BVYBLEJZV5fJX5YsF8daizAUM1rPUDpPbbrZsI/s320/tumblr_kvnoohR8T51qadotro1_400.jpg" width="320" /></a></div>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-53915310478713316232012-03-04T12:34:00.001-08:002012-03-04T12:40:13.841-08:00Ficha para filha de Hades - Catelin Sofia-<span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>Califórnia. Como esse lugar me irritava. Era alegria de mais, era sol de mais. Por quê as pessoas não podiam fazer silêncio uma vez na vida? Isso confundia tudo em mim. Meus pensamentos, minhas táticas. E ainda tinha essa porcaria de família, que nunca me deixava em paz. Ah, mas tinha uma coisa que não me incomodava aqui. As mortes.<br />
Um sorriso passava por meu rosto toda a vez que eu ouvia o som das sirenes da polícia. "Opa, alguém aí está indo pro inferno..." <br />
Sim. Eu não sou do tipo que pense no céu, no paraíso. Ninguém merece isso. Por mais que a pessoa seja boa, por mais que ela aparente ser, pelo menos, sempre vai ter algo dentro dela que é grande o suficiente para ser levado ao inferno. Meu pensamento era assim, e não me importava quantas vezes me levassem para fora de aula por pensar desse modo. Por falar desse modo. Eu era uma das primeiras na minha lista com direito ao melhor lugar no fogo do inferno. <br />
No total, eu já tinha ido para 5 reformatórios. Todos um completo fracasso. Por favor! Eles tentavam convencer delinquentes juvenis de que Deus existe. O que leva uma pessoa a matar e se dizer seguidor de Deus? Não os meninos que eu encarava todos os dias acinzentados naquelas salas.<br />
Você deve estar se perguntando por quê eu fui parar num reformatório, não é? Bem, não foi grande coisa. Eu só tive um ataque de nervos (e raiva) e matei minha mãe. Acho que, na minha lista, ela foi uma das últimas que foi parar no fogo do inferno. Em um canto em que o fogo não queimasse, mas fosse aconchegante. Sim, eu tenho um pouco de coração! Matei ela por impulso, não por querer. Minhas únicas lágrimas derramadas foram por ela, quando o sangue da mesma encharcou meus sapatos e minha roupa. Quando vi o corpo estendido bem na minha frente. Ela tinha uma expressão muito assustada na hora. Como se ela temesse isso. Desde muito tempo.<br />
Enfim, quando o resto da família descobriu, é claro que ficaram com medo, e me mandaram embora. Mas depois de todas as escolas pelas quais eu passei, voltei pra casa, e fiquei sem estudar. Virei dona de casa. Uma empregada. Que ridículo. Além de ser vigiada 24 horas por dia, por câmeras que tinha escondido por todos os lugares, e que ainda pensavam que eu não via (eu ainda sorria para elas, mostrando que era uma boa menina). Já tinha ficado cansada. Eu não queria mais matar ninguém. Se eu estava sendo possuída, como diziam os professores para mim, nos reformatórios, que se dane. Eu só queria fugir e pronto. Então eu fugi. Desliguei os alarmes, que eu sabia a senha de cor, e desliguei as câmeras. Saí desfilando e sorrindo como se eu fosse a Miss Simpatia, com a mochila pendurada nos ombros. Eu não queria nem saber pra onde eu iria ir. Só ia ir. <br />
Depois de muitos dias vagando por um monte de cidades que eu não conhecia (e dando uns murros em uns safados que não sabiam calar a boca na hora em que eu mandava), eu perdi completamente o juízo e decidi seguir um carinha que andava estranho. Não pensei que ele soubesse que eu o estava seguindo, eu tinha anos de treino nisso, perseguir pessoas era um hobbie. Mas ele sabia, afinal. E me levou pro lugar mais estranho que eu já pudesse imaginar. Um acampamento. Onde eu não fui recebida de modo muito... agradável.</i></span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-21449452638282486402012-02-27T17:12:00.001-08:002012-02-27T17:13:42.763-08:00O vício da dor.<span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Ligue o som. Ponha no máximo por favor.</span><br />
<div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Deixe que todos os instrumentos façam seu corpo flutuar, deixe que sua dor te consuma.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Tão incrível a capacidade do ser humano de aumentar a sua tristeza. É um vício. É uma droga. Por mais que seja dolorosa, ela é algo que é bom de se provar. Você se sente mais humano.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Depois de um dia ou dois, já está sucumbindo a isso. Suas forças se vão. Seus membros pesam. Sua mente pesa, sua alma pesa. Uma simples respiração te lembra daquilo tudo, e você quer fugir. Para bem longe dali, muito longe dali.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Então você chora, se joga no chão, e simplesmente implora. Implora por Deus que tudo passe, que as coisas melhorem, que você saia desse vício eterno.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Depois de um tempo, sem mais lágrimas, sem mais se contorcer, a música ecoa pelo quarto fechado e escuro. A respiração fica pesada, tudo parece silenciar-se para ouvi-lo entoar junto com a música. O órgão e os violinos fazem com que sua alma sinta-se leve, com que seus membros parem de pesar.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Suas lágrimas dançam mais uma vez por seu rosto, seguindo o ritmo do que escutam.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Elas vão limpando tudo por onde passam, mas nunca tiram o que tem em seu coração.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Cada pesar, cada soluço.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Nunca mais passará.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Todos os dias a mesma coisa. A mesma dor.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Os mesmos soluços.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">As mesmas lágrimas.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">As mesmas cãibras e os mesmos gritos.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A mesma música.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Os mesmos instrumentos.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">De repente, você nota seu inimigo mortal, que lhe acompanha todos os dias, com a doce e sangrenta trilha sonora.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Machucando cada vez mais, lembrando da primeira vez com que saboreou o sabor da tristeza e se viciou.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Lembrando cada vez mais de como tudo foi um erro, de como agora a decepção faria parte de você.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Porque, por mais que você diga que esqueceu, realmente não é a verdade.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A música sempre estará lá, no canto mais obscuro de sua mente.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Tocando lenta e pausadamente, como se já estivesse com o disco riscado, mas mesmo assim com a música intacta, só um pouco mais velha.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Pois, meu amigo, nada é realmente esquecido.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">O som, aquele que as vezes afaga seus cabelos dando consolo, será seu pior inimigo. </span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">O remédio do seu esquecimento.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">O remédio de gosto doce que você repetia a dose todas as vezes... Até chegar a loucura.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Mas a loucura não é doce como o remédio pelo qual você exagerou.</span></div><div><span style="color: cyan; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Ela é amarga como as lágrimas que limparam o seu rosto, naquele dia fúnebre.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivwk3mJJKJYRjhzNoEJLVQEWe48AIoqI7ShrzAqvYR7vZJWTO1ADAJyvdLunFiPZlRtYMceFRe-YkD9YQqqoyFm2FslyDRZEBKLUHyGto5fPJXL3GexFmolvflGsiasPf49UKeStzdG0Nn/s1600/Tainted_by_larafairie.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivwk3mJJKJYRjhzNoEJLVQEWe48AIoqI7ShrzAqvYR7vZJWTO1ADAJyvdLunFiPZlRtYMceFRe-YkD9YQqqoyFm2FslyDRZEBKLUHyGto5fPJXL3GexFmolvflGsiasPf49UKeStzdG0Nn/s320/Tainted_by_larafairie.jpg" width="213" /></a></div><div><br />
</div>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-1515559025756613692012-02-21T11:19:00.002-08:002012-02-21T11:53:57.599-08:00Mas é tudo um segredo...<div style="text-align: center;"><span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Sentei na pedra e observei a paisagem ao meu redor. Tudo tão branco... Frio, tudo tão frio.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">As árvores sem folhas, com os galhos balançando pelo forte e congelante vento de inverno, que batia em meu rosto, deixando-o vermelho, e espantava os cabelos de minha face para poder receber mais algumas pancadas.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">- Afinal, é tudo um segredo, não é? - Suspirei e comecei a estalar os dedos. Era uma mania horrível, mas eu não podia, ou melhor, não <i>conseguia</i> parar. - E daí se eu quebrar os dedos? Nem faria tanta importância... Eu não poderia tocar em você com ou sem eles, de qualquer forma... - Olhei para o céu, coberto pelas nuvens, mas que não estavam tão acinzentadas assim. Era um dia de inverno bonito... Por mais que doloroso.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Joguei-me na relva coberta pela neve, e passei a mão pelo meu casaco.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Sozinha. As vezes era melhor assim... Sem ninguém para se apegar. Sem ninguém para fazer com que acreditasse em mentiras. Sem ninguém que machucasse você.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Mas as vezes podia ser ruim. Ruim pelo fato de que, quando alguém chegasse, você estaria tão desesperada por uma voz, um abraço, que acreditaria em qualquer coisa, sem nunca saber como eram as reações de uma mentira.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">- É... Deve ser melhor se machucar uma vez e aprender, do que se machucar muitas vezes e nunca entender porquê. - Olhei para o lado e vi uma flor. Uma última flor, congelando, com as pétalas desesperadas, implorando por calor. Ser a última doía mesmo...</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A arranquei do chão, sentando-me e observando cada detalhe da florzinha inocente. Estava branca, tingida e misturada com a neve. Beijei com os lábios já vermelhos de tanto frio as pétalas da flor. Acariciei com a ponta do dedo e deixei que uma lágrima caísse sobre ela.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">- Eu te envergonho tanto assim, para ser tudo segredo? - Levantei os olhos para o céu, tentando impedir as outras lágrimas. - E... e eu sou tão idiota por chorar toda vez que penso que você tem vergonha de segurar minha mão? E-eu só queria que alguém me amasse de verdade... Queria que alguém cuidasse de mim... - Passei os dedos secando as lágrimas que desceram teimosas por meu rosto, e não pude mais conter minha voz. Solucei, deixando que as lágrimas banhassem a flor que eu pressiona com tanta força no peito. Deixava que ela ficasse mais fria, e que meu rosto sentisse mais dor com o vento que o espancava.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Já não tinha nenhuma palavra, nenhuma frase que espantasse ou então chamasse minha dor de volta. Só haviam lágrimas... Que iam embora, mas não levavam nada....</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">- Por que tem tanta vergonha de mim? Eu nunca fiz nada pra te deixar assim... E-eu... Eu só queria o seu amor... E... E... E nada. Não ganhei nada... Mas eu também não merecia, né? - Minhas lágrimas dançaram em volta do sorriso sem jeito que dei, do sorriso sem vida. - Não mereço nada... Nada, nada... Nunca mereceria... Não, nunca...</span><br />
<span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">E então começou a nevar.</span><br />
<span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Os meus cabelos foram ficando brancos, minhas lágrimas foram ficando mais geladas do que já estavam, minhas mãos foram ficando vermelhas, e meu corpo não conseguia resistir mais ao frio.</span><br />
<span style="color: cyan; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">- É... Os segredos não deveriam existir, não é? Como meu amor por você... Ele é um segredo... Simplesmente não deveria existir.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje5FT2lpxUo3GFwxw9MrwFIouwWlU-t2TCgRr3wokADmxH5KQv-acXfUNzgxBM2nXnWmYnc3_FQS5kNe0Ij4npVtiNIlw-osZmR0Rw97uF01NNiGEEpoBTlQeevR_3P_3GNZUO53gt8mf9/s1600/Vow+Of+Silence+(by+Lara+Fairie).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje5FT2lpxUo3GFwxw9MrwFIouwWlU-t2TCgRr3wokADmxH5KQv-acXfUNzgxBM2nXnWmYnc3_FQS5kNe0Ij4npVtiNIlw-osZmR0Rw97uF01NNiGEEpoBTlQeevR_3P_3GNZUO53gt8mf9/s320/Vow+Of+Silence+(by+Lara+Fairie).jpg" width="320" /></a></div>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-52240891682305012302012-02-21T08:16:00.000-08:002012-02-21T08:16:58.987-08:00Pedido à Deus.<div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Eu não tenho mais ninguém para amar, restou-me somente você para mim.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Você e suas mentiras que me machucam mais e mais, e eu ainda deixo que as lágrimas corram por meu rosto.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Ele estava realmente certo... Estou muito nova para amar. Muito nova pra entender que meus amores nunca vão continuar onde eu quero que continuem, nem como. E eu desejo todos os males para você, males que deiixam-me saciada por um momento, com os gritos que eu imagino vindos de você. Mas ao mesmo tempo eu não quero me saciar com eles.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Esqueça, Manuela, esqueça eles como eles esqueceram de você. Jogue-os no chão e deixe que se quebrem, como se fossem brinquedinhos, que nem eles fizeram com você. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Mas eu não consigo. Pois por mais que eu os odeie, eu ainda os amo. Ainda quero o bem deles mesmo que eles tenham deixado-me tão mal.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">E então eu assumo que foi culpa minha, pois eu me deixei fazer-se de idiota. E eu não queria, mas deixei. Deixei por causa dessa porcaria de amor, que dizem curar feridas, mas na verdade é a coisa que mais as causa.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Você disse que eu era apaixonada, e você confuso. Mas eu não quero mais fazer esse papel. Esse papel machuca e dói. Esse papel mata. Já quero mudar de personagem, mas Deus não deixa.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Ele me diz que está escrevendo meu destido torto em linhas retas, é o que eu ouço em meu ouvido, todas as noites que vou dormir, sussurros vindos do além.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Eu me pergunto o que tão errado eu fiz para ter esse destino. Já perguntei a Ele, mas o mesmo não me responde. Já implorei para que eles acertasse qualquer palavra, que a escrevesse na linha, com a caligrafia bonita.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">O que aconteceu foi que minha mente foi se apagando, e meu eu foi se perdendo.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Eu só vivia das lágrimas. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">E eu perguntava novamente a Deus por quê ele escrevia meu destino em um caderno tão bonito, mas com uma letra tão feia. Perguntei também o que eu podia fazer, o que Ele podia falar, para as pessoas, para que elas notassem que eu não sou nada. Que por mais que minha presença na vida delas seja tão inútil e insignificante, eu podia ter algo de bom em tudo isso.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Mas outra pessoa me respondeu que não tinha.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Outra pessoa sussurrou em meu ouvido que eu só trazia mal, e que todos mentiam para mim. Que eu era ridícula, mórbida. E eu acreditei.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Os pesadelos cobriram meus sonhos, nuvens cinzas num céu tão azul. Tudo ficou mais difícil de se ver com a chuva que caia, que depois de acordar eu notei que eram minhas lágrimas. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Lágrimas tão salgadas, tão cheias de dor... Nem chorando a minha angústia ia embora, e eu só queria que tudo melhorasse. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Deus, eu disse, por favor, escreva pelo menos a palavra família em boa caligrafia no meu caderno do destino. Faça que pelo menos isso melhore e minha dor seja somente por uma coisa ridícula chamada amor, dor na qual eu posso simplesmente sorrir e esquecê-la, pois se os outros conseguem eu também posso tentar.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Mas eu não o que aconteceu... Ele não me ouviu... E de novo aquela voz veio assombrar-me os sonhos. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: orange;">Notei que tudo estava perdido...</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDdLaUlmTYIjbjHw29TIlJOJwOrI5LAQPDDYQUsl_asVGPXnWnFXSy3ZqgYqtY0oP1v2PpUK_WTQ2Mkdh4Q0CEffkK0Gmlk3SDbtteU_1GAMT5hjMQyANpKvB-wiNWUHo7QQKtnvfnbJTV/s1600/solidao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDdLaUlmTYIjbjHw29TIlJOJwOrI5LAQPDDYQUsl_asVGPXnWnFXSy3ZqgYqtY0oP1v2PpUK_WTQ2Mkdh4Q0CEffkK0Gmlk3SDbtteU_1GAMT5hjMQyANpKvB-wiNWUHo7QQKtnvfnbJTV/s320/solidao.jpg" width="320" /></a></div><div><br />
</div>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-4943756752378949002012-02-15T10:16:00.002-08:002012-02-15T10:16:23.063-08:00O último suspiro.<i><span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">"- Não... Você não está cuidando de mim... Está me protegendo... - A menina sorriu, com a voz arrastada, a garganta jorrando sangue, com o vermelho saindo de sua boca. E morreu em seus braços."</span></i><br />
<i><span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></i><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">As lágrimas rolaram pelo rosto de Anelys. Por que sempre terminavam assim, os amores? Doces amores...</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ah, como ela odiava esses livros... Como ela precisava deles!</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Cada palavra, cada frase. Cada história contada em pequenos parágrafos, que juntavam-se e formavam uma vida. Eram como drogas.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ela as odiava. Faziam mal. Mas mesmo assim ela necessitava delas. De cada uma delas. De todas elas.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Seus sentimentos eram meramente conduzidos pelas histórias. Sua humanidade, pelas palavras.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ela era feita delas. Não de verdade. Mas sim, sua alma. </span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Seu alimento eram cada letra, cada acento. Ávidamente devorando livros e mais livros. Sem pensar nas consequências.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Deixava todos de lados, ela não se importava. Tinha amigos ricos, amigos pobres, amigos bonitos, amigos apaixonados. Tinha personagens. Tinha seres que não eram reais, mas sim saiam da cabeça humana e criavam vida em sua mente, criavam laços familiares, criavam laços de amor.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ahh, sim. Ela os amava.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Cada um deles.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Cada parte deles, ela os conhecia. Cada fio de cabelo, sabia dizer o comprimento, sabia dizer a cor. Sabia como eles se sentiriam, o que falariam. Era fissurada. Totalmente fissurada neles.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Seu amor podia ser definido por palavras que tinham sido dedicadas para outra pessoa. Seu ódio, também. Sua dor. Sua felicidade.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Tão independente das emoções dos seres inanimados.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sendo que devia ser totalmente ao contrário.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eles precisariam dela para viver. Para sentir. Para poder continuar vivos.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas ela dependia deles para seguir em frente e esquecer o mundo em sua volta.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O mal que reinava nos livros, esses ela poderia derrotar. Sempre derrotava.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas agora?!</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Não!</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Aquilo mudara, quando a menina morrera nas mãos de seu amado amigo. Tão corajoso e tão apaixonado! Como ela odiava tudo aquilo!</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Que tipo de humano era aquele, que matava e esquartejava todos os bons, e deixava que o mal pairasse no seu cruel mundo? Que tipo de escritor era esse?!</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Anelys fechou o livro e o jogou no chão do quarto. Era tarde da noite. As velas iluminavam o local, junto com o fogo da lareira. Ela abraçou as pernas e cobriu os ombros com o cobertor, olhando para todos os lados.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sozinha. Ela estava sozinha.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Seu mundo tinha desmoronado quando a menina tinha se afogado em seu próprio sangue.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">As lágrimas dançaram ainda mais por seu rosto, e os dedos ficaram gelados. Nada mais estava normal em sua vida. Sozinha. Nunca ela estivera sozinha, sempre tendo um livro debaixo de seu braço. Mas agora ela tinha o lançado no chão, junto com o final doloroso que ele tinha reservado.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sim, aquele era o final.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A última frase.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O último suspiro.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyKIZznuvjWi6GcAvGGc0aXuxPmbE_3xw2j2QRjiJxYnH_jlHGx4iyjlA-hqdenUiSUyH7RSUbfimQmOt0gcus9AAoV3j7_8_6MHi12VYnHcUQGvcAWsy8iP8_Cc6PdGdAOuoZ-rw-EJ2D/s1600/mulher+dentro+do+livro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyKIZznuvjWi6GcAvGGc0aXuxPmbE_3xw2j2QRjiJxYnH_jlHGx4iyjlA-hqdenUiSUyH7RSUbfimQmOt0gcus9AAoV3j7_8_6MHi12VYnHcUQGvcAWsy8iP8_Cc6PdGdAOuoZ-rw-EJ2D/s320/mulher+dentro+do+livro.jpg" width="320" /></a></div>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-3988700265950153042012-02-10T11:25:00.000-08:002012-02-10T11:25:21.937-08:00Por que?<span style="color: cyan;">O que sentir? Chorar? Rir? Fingir força quando na verdade tudo o que eu quero é desmoronar diante de tudo e todos, dizer tudo o que eu penso, fugir e nunca mais voltar?</span><div><span style="color: cyan;">As palavras machucam, e machucam tanto...</span></div><div><span style="color: cyan;">Estejam elas lá para lembrar-me de alguém, de algo... De que você foi embora, deixando-me jogada como um brinquedo já velho. Sem graça. </span></div><div><span style="color: cyan;">Trocada.</span></div><div><span style="color: cyan;">Substituída.</span></div><div><span style="color: cyan;">Nunca amada.</span></div><div><span style="color: cyan;">Vejo todos tão... bem. Rindo, rindo do mundo. Rindo de suas boas vidas, rindo de seus bons amores. Rindo, todos rindo. Como se rissem de mim, que só sabia ser enganada, e nunca provara de um amor longo e verdadeiro. Um amor que não machucasse, um amor que somente fizesse com que eu derramasse lágrimas de felicidade.</span></div><div><span style="color: cyan;">Não lágrimas de tristeza... Maldita tristeza.</span></div><div><span style="color: cyan;">Maldito coração.</span></div><div><span style="color: cyan;">Maldita mente.</span></div><div><span style="color: cyan;">Maldito pensamento.</span></div><div><span style="color: cyan;">Maldito amor.</span></div><div><span style="color: cyan;">Nunca soube o que era receber um beijo. Nunca fui beijada. Nunca soube a sensação de tocar os lábios de alguém, e sentir uma onde de paixão tomando seu corpo, tomando sua mente. Deixando você sem atos, entorpecida, ligada somente aquela pessoa em sua frente, que lhe acariciava com a boca.</span></div><div><span style="color: cyan;">Mas eu sei tão bem como definir isso. Tão bem como alguém deve se sentir. Como devia ser, perfeitamente.</span></div><div><span style="color: cyan;">Os sonhos têm seus toques de verdade. Quantas vezes sonhei com eu e você juntos? Nos amando? Nos querendo? Sendo um em dois? </span></div><div><span style="color: cyan;">Tantas...</span></div><div><span style="color: cyan;">Mas aquilo não é verdade. Talvez a única verdade que tivesse lá fosse... Fosse bem, meu amor por você. Meu tolo amor por você...</span></div><div><span style="color: cyan;">NUNCA NADA DÁ CERTO!</span></div><div><span style="color: cyan;">Por que?! Por que eu nunca posso ter um amor verdadeiro? Alguém que cuide de mim? Alguém que queira realmente meu bem, e não um brinquedinho?! </span></div><div><span style="color: cyan;">POR QUE TODOS MENTEM PARA MIM?</span></div><div><span style="color: cyan;">É tão engraçado assim me ver sofrer? Eu não quero fazer parte dessa apresentação! </span></div><div><span style="color: cyan;">Isso dói tanto... Mas tanto... Por que me fazer chorar? O que ganharão com isso?</span></div><div><span style="color: cyan;">...</span></div><div><span style="color: cyan;">Por que ir embora?</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLu9W5sjbY3LCyKal-BHgHO4QjMI6d0_AQhYIPirz-skas3kf6aqRUGkLku8PC9LC3cL9lw3ZL9UFNd1_bdqHvA2PLI2yGVZPo2TjU2M2n2veKTPi3JsykqZaGwv7MnmJ8jnp21ZS4rglg/s1600/DeadInMyOwnMind_by_larafairie.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLu9W5sjbY3LCyKal-BHgHO4QjMI6d0_AQhYIPirz-skas3kf6aqRUGkLku8PC9LC3cL9lw3ZL9UFNd1_bdqHvA2PLI2yGVZPo2TjU2M2n2veKTPi3JsykqZaGwv7MnmJ8jnp21ZS4rglg/s320/DeadInMyOwnMind_by_larafairie.jpg" width="213" /></a></div>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-72078814527960854402012-02-08T16:38:00.000-08:002012-02-08T16:38:05.253-08:00Uma imagem de vários modos, puro Levados Pelo Vento!<span style="color: orange; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Eu não resisti, ok, eu admito u.u</span><br />
<span style="color: orange; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Acontece que quando eu vi essa imagem, eu simplesmente pensei "Isso é a cara do levados pelo vento, mas não daria pra por como banner principal..." </span><br />
<span style="color: orange; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Fiquei com pena, e então editei de um monte de jeitos a imagem. E eu gostei muito, ha.</span><br />
<span style="color: orange; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Eu sei que o meu blog é só pros meus textos, mas eu tenho que postar a imagem (e seus derivados)! Espero que gostem, e se não gostarem, tudo bem. Comentem, e se não comentarem, poxa. (Ninguém lê meu blog mesmo, quem é que vai comentar?)</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiobOaUwhbnNIhhJM1G1_1j4swqpZXqp6PMig7cHPnezvZXH_mEuh_dr5NaaS0TN09KNj6BmyI_JT-onYjK8izPccYNSvjT1j9wO2b9K03RSUJj4EfEtaWyponea1UXyjm6yVliILOkYx9b/s1600/LwrOJ.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiobOaUwhbnNIhhJM1G1_1j4swqpZXqp6PMig7cHPnezvZXH_mEuh_dr5NaaS0TN09KNj6BmyI_JT-onYjK8izPccYNSvjT1j9wO2b9K03RSUJj4EfEtaWyponea1UXyjm6yVliILOkYx9b/s320/LwrOJ.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH3xz0aAjkAtfxcs-V6sbdLgCUjTMVmm_v7N3Manyk90yttzTYcI-2WATSOqw5GzQhDY_s5AiVyOikGjyqlK_H142jmtLP4ZDM_xqJS07uMQzqEDZbChk6WYXPr2JfIKrX3420fW8E8_tF/s1600/V9wh7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH3xz0aAjkAtfxcs-V6sbdLgCUjTMVmm_v7N3Manyk90yttzTYcI-2WATSOqw5GzQhDY_s5AiVyOikGjyqlK_H142jmtLP4ZDM_xqJS07uMQzqEDZbChk6WYXPr2JfIKrX3420fW8E8_tF/s320/V9wh7.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy4GkLvOQn-6N4kdNlZlne0AP8RC9KnRK7FYSfQvANCyMh0uNBkhmQKA3Orbt-Yw5fBSr4B8cObdQ70pt1zYtTH5J0OOpZi1OVvEFaeSdJJjKlPrF_KO7j_9BAmE-RVSTZ7PytZrdQgZ4J/s1600/FmdoM.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy4GkLvOQn-6N4kdNlZlne0AP8RC9KnRK7FYSfQvANCyMh0uNBkhmQKA3Orbt-Yw5fBSr4B8cObdQ70pt1zYtTH5J0OOpZi1OVvEFaeSdJJjKlPrF_KO7j_9BAmE-RVSTZ7PytZrdQgZ4J/s320/FmdoM.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK9kxWenD2jjSfAVB_89ptduLbrr0ZmHmmBrZu6SPw20r-qNdf2HkXI4ZqV1CdBUBYP2iKgsiVdQmxcpfGg7phdc1s88grdn97bMmRRoFribRHb9wswmg_eqhpBUejfuykd_H3EVMK-PfK/s1600/bf7Ri.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK9kxWenD2jjSfAVB_89ptduLbrr0ZmHmmBrZu6SPw20r-qNdf2HkXI4ZqV1CdBUBYP2iKgsiVdQmxcpfGg7phdc1s88grdn97bMmRRoFribRHb9wswmg_eqhpBUejfuykd_H3EVMK-PfK/s320/bf7Ri.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio7xVlzrzkG1uigaBsJ1p-1WO0fmA2axyJmZHaNEJe7_XErXPikhc0Dnyw0KSfBg11yKzXdw4XBwI2zQhaW-ZyQ1evbk0WaBiNfqqlxlTIxIPfBF8Arg6sdiCifIxHGgtmJtBUeTwthynJ/s1600/al81w.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio7xVlzrzkG1uigaBsJ1p-1WO0fmA2axyJmZHaNEJe7_XErXPikhc0Dnyw0KSfBg11yKzXdw4XBwI2zQhaW-ZyQ1evbk0WaBiNfqqlxlTIxIPfBF8Arg6sdiCifIxHGgtmJtBUeTwthynJ/s320/al81w.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: orange; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">EU SEI QUE É A MESMA COISA, MAS AINDA SIM É DIFERENTE, OK? OK.</span></div>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-41959985760926057452012-02-06T14:11:00.000-08:002012-02-06T14:11:09.395-08:00Catelin Sofia (Post chalé 20 -Hécate- )<span style="color: orange; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Entrei no meu respectivo chalé um tanto quanto curiosa. Fazia muito tempo que minha curiosidade não aflorava desse modo. Olhei para Safya, que enrolava-se em meu pescoço com os olhos amarelados vasculhando todo o chalé. Parecia infinito! Mas era tão silencioso que eu imaginava poder ouvir todos os pensamentos de Safya. <br />
O salão principal já era, em si, colossal. O chão parecia tão frio e duro, tão forte e indestrutível, mas em realidade era quente e macio. Dócil. Sensível. Exatamente como eu, que sempre tentava passar as impressões erradas.<br />
Passei pelo salão tocando em tudo, olhando por baixo de todas as mesas, vendo por trás de todas as colunas, movendo e recolocando tudo no seu lugar. Curiosidade. "Desde quando, Catelin? Desde quando você não se sentia assim, por não querer parecer desconfiada?" Safya sibilou e desceu por meu corpo, deslizando pelo chão negro, sobressaltando-se com as cores vivas que seu corpo tinha. <br />
- Muito tempo. - Respondi com os olhos cravados em uma carta escrita em letras complicadas douradas. "Você tinha 5 anos, Catelin? Sim, 5 anos você tinha..." - Quando eu te encontrei. Eu podia ter morrido picada por você, mas você não me picou. Por quê? - "Eu senti que você era especial, minha querida." <br />
Abri a carta e meus olhos leram as palavras, mas meu pensamento somente concentrava-se na voz sibilante de Safya. - Pois sentiu errado. Não sou especial coisa nenhuma... <br />
"Leia a carta, Catelin, Ser filha dela não é ser especial?"<br />
Mais uma vez meus olhos leram o que tinha ali escrito, e meu cérebro o acompanhou.<br />
<br />
<i>“ Bem vindos meus filhos e minhas filhas, criei este chalé exatamente para vocês, mas ainda não esta completamente construído... Espero que gostem! “.</i><br />
- Ainda existem mais... Eu com certeza não serei boa como eles. Vamos só esperar, e eu tenho certeza que isso acontece...<br />
Safya ficou calada, e agradeci tanto por isso que me apressei por ir logo ao meu quarto. Deixei a carta em seu lugar e procurei por alguma escada, ou um corredor com uma plaquinha indicando "quartos por aqui". Não foi muito difícil encontrar aquela enorme escada. Dourada e enorme. Chamativo de mais para mim. Arrumei a saia do meu uniforme escolar e soltei um palavrão. Odiava aquele uniforme. O quanto mais rápido eu pudesse trocar aquela roupa, melhor. Mas com o quê? Eu não tinha levado nada... "Bem, quem sabe eu faça aparecer com a força do pensamento, ou sei lá..."<br />
Subi as escadas correndo, uma mania que eu não tinha perdido. Ficava cansada quando eu as subia devagar, mas quando eu corria por elas meu corpo parecia ser leve e livre, sem derramar nenhuma gota de suor, ou ficar arfando no final da corrida. <br />
Dirigi-me direto para o espaço feminino, esperando cores douradas e prateadas, como no salão principal, mas na verdade tinha me deparado com um mundo cor de rosa mais escuro. Dei meia volta nos calcanhares e abri a porta para o dormitório masculino. Azul e negro. Minhas cores preferidas. Agora sim estava melhorando. "Não vai ficar aqui, vai?" Safya encarou-me desgostosa. "Você é uma dama, deve ficar na parte feminina." <br />
- Não vou, seja eu uma dama ou seja lá o quê. Você sabe que eu odeio rosa, e eu não vou ficar na parte feminina só porquê você quer. Aliás, eu não sou a unica por aqui, por enquanto? Posso ficar onde eu quiser. Esse lugar todo é quase meu. Meu e seu. <br />
Joguei minha mochila em uma cama e examinei todos os cantos do dormitório. Era... Legal. - Bom, vamos ver o que mais tem lá embaixo. - Saí correndo, com Safya reclamando em meu ouvido, sobre ser feminina e começar a me comportar como uma dama. Revirei os olhos, mas continuei quieta. Só porque eu não gostava de usar saia e da cor rosa, não significa que eu não fosse feminina. " Ah! Mas eu darei um jeito em você, mocinha." - Não vai mesmo. - Sorri e escorreguei pelo corrimão da escada, com a saia minúscula da escola mal cobrindo minhas coxas. <br />
Vaguei por áreas de treinamento, áreas de lazer, e tentei abrir mil e uma portas que estavam trancadas. Tirei um grampo do meu cabelo e tentei arrombar as portas, como eu sempre fazia na escola ou na casa das outras pessoas, mas eu havia me esquecido que tudo ali era feito por magia, e se as portas estavam trancadas, eu dificilmente abriria elas se não que por magia. Chutei a porta. - Droga! - Junto com o olhar crítico de Safya, de dentro da porta veio um rugido. Encarei ela e fui me afastando rapidamente do corredor. - Hãn, mas quem precisa de tanto espaço, né? Não uma menina só, ha... <br />
"Estúpida... Estou mesmo perguntando-me se era você a pessoa "especial" quem eu esperava.."<br />
Revirei os olhos e joguei Safya no chão. Ela rastejou atrás de mim com todas as pragas que ela poderia conhecer, mas eu simplesmente tirei os sapatos e o paletó do uniforme da escola e joguei-me numa cadeira da mesa em que eu havia encontrado o bilhete. <br />
- É. Não sou mesmo.</span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-24424799427075749402012-02-04T08:22:00.000-08:002012-02-04T08:22:58.785-08:00Assassinato Perfeito.<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Escuro. Gritos. Dor. E minha risada.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Uma noite perfeita, uma morte perfeita.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Um assassinato perfeito.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Quem diria...</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Achava que machucando tanto o coração daquela menina simplesmente teria lágrimas derramadas por ele. Como se ele fosse o melhor de todos, absoluto, fantástico. Um deus.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A menina com certeza tinha derramado suas tantas lágrimas, com certeza tinha tido a vontade de implorar novamente por ele.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas eu não fui assim.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Três vezes meu coração tinha sido partido, enganado, tinha feito-se de idiota, e agora o homem que havia feito isso com meu coração pagaria...</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Desculpe, eu disse homem?</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Que ridículo!</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Aquilo não é um homem. Não importa a idade. É somente um moleque. Um garoto que se acha o melhor de todos, que crê que tem todo o direito de trazer a dor para suas muitas amantes. </span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Repugnante.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ele com certeza não pensava assim de si mesmo. Mas era assim que ele era: repugnante.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Achava que suas noites de prazer com a menina eram sem amor, pelo menos vindo dele realmente era. Mas dela? Ah, ela entregava seu corpo tentando mostrar como seu coração sentia.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Estúpida.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Suas pernas abertas nunca iriam mostrar o quanto de amor ele ia deixar entrar por ali. </span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Estúpida, repugnante.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas eu faria ele pagar. Pagar por todas que ele havia enganado, e todas que ele havia colocado mais lágrimas em sua coleção infinita.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Arrancaria-lhe a pele. Dela eu faria pergaminhos, pergaminhos que iriam contar de vários modos diferentes sua morte. Morte absurda, morte bem programada. Morte perfeita.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Seu sangue derramaria sob meus pés. Suas lágrimas, mesmo que no escuro, eu poderia sentir. Sentir cada lágrima das meninas que ele havia enganado, que se pensavam mulheres por terem aberto as pernas para um cafajeste.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Depois, os gritos. Ah, sim, os doces gritos de dor e agonia, os mesmos gritos que as meninas haviam soltado quando ele tinha dito a verdade. Mentiroso.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O local seria a prova de som. Os gritos seriam ouvidos somente por mim. Os gritos eram somente meus.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">E então, depois de banhar meu corpo no sangue dele, cortaria-lhe a língua e costuraria-lhe a boca. Nada mais de mentiras, meu querido deus. Meu deus do sol. </span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Morto.</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A sua imortalidade era uma mentira também, não é?!</span><br />
<span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Provavelmente você mesmo tinha a contado a si mesmo.... Repugnante.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDnb2okc09GJ0COt2ppMHdZQ95ZzoQOGiFwnJdlHeBasR0RZlQHpflhEiLkWGGX_JeduyeD2RlsZfpO5tQHR4CvDDNQgYW3pJWxzlgmmPRf_2JdFWByhdGuUBGwgtoYyAAi69SwJ7PCTlL/s1600/rosadas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDnb2okc09GJ0COt2ppMHdZQ95ZzoQOGiFwnJdlHeBasR0RZlQHpflhEiLkWGGX_JeduyeD2RlsZfpO5tQHR4CvDDNQgYW3pJWxzlgmmPRf_2JdFWByhdGuUBGwgtoYyAAi69SwJ7PCTlL/s320/rosadas.jpg" width="320" /></a></div><span style="color: magenta; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3665957403143451280.post-29924352629592368682012-01-31T16:05:00.000-08:002012-01-31T16:05:43.059-08:00Catelin Sofia (Ficha para filha de Hécate)<div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Simples, normal. Era assim que poderiam definir-me. Aos olhos humanos a calmaria que a menina passava a todos era incrível. Controlada, simpática, realista. Uma pessoa que gerava confiança quando sorria, e empinava o nariz quando o seu orgulho era esbofetado. Uma pessoa que não dava-se por vencida, mas sim continuava em pé, mesmo com as dores de cólera que pudesse estar sentindo.<o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Mas o que os olhos humanos não vem, é por que a névoa o cobre. <o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Eu não sabia da verdade, por que eu iria saber. Quase todos não sabiam, em verdade. Mas coisas estranhas começaram a acontecer comigo e eu fui perdendo a minha sanidade aos poucos. Ou achava que estava.<o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Sentia que todos observavam-me, que todos tentavam me derrubar. As letras sempre flutuavam no papel, mas isso era normal, até o ponto em que elas começaram a formar palavras assustadoras, desejos de morte, desejos de vingança. <o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Chegava em casa com os olhos arregalados, tentando observar tudo o que se encontrava em minha volta. As pessoas passaram a dar-me medo, a perseguir-me. A única que parecia não me observar, não julgar-me era minha cobra. Doce Safya. Todos tinham medo de mim principalmente por causa dela. Uma cobra venenosa, assustadora, mas que além de tudo era minha única amiga, a única que não se importava com meus gritos de loucura, e sim sibilava para mim como se pedisse para eu ter calma. Calma, como sempre todos os outros dias eu vinha me mostrando. Uma menina calma.<o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Mas era difícil continuar, com os olhos sempre mostrando cada vez mais o que ocorria ao meu redor. Não, minha calma tinha ido embora, até o dia em que eu havia descoberto a verdade.<o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Um dia eu estava na escola, com os olhos pesados pelas noites mal dormidas, com olheiras que já vinham ganhando uma cor roxa, tentando ao máximo possível ignorar as letras que dançavam ao meu redor. Todos os olhares curiosos caiam sobre mim, como se eu fosse um monstro que estivesse a ponto de atacar todos. Mas a pergunta era: e eu não faria mesmo isso, se minha sanidade não estivesse boa como sempre estivera?<o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>As letras formavam palavras em minha frente, palavras como “mentira”, “farsa”, “errado”, “anormal”, “perigosa”. <o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Levantei a mão.<o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>-O que é, Catelin? – A professora olhou irritada para mim, como se pedir para sair por estar passando mal fosse muito errado. Quando levantei os olhos roxos para ela, a primeira coisa que eu pude ver em seu olhar era repulsa. Desejo de me ver longe da mesma. Algo que eu já estava me acostumando a ver nas pessoas. Ela mandou eu sair de sala e ir para a enfermaria, mas meu mundo insano já me enlouquecia tanto que eu só queria ir para um lugar: para onde estava o olhar querido, calmo e atencioso de Safya.<o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Corri para casa. Mesmo que o cansaço não permitisse, corri. Corri mais do que o normal. Abri a porta com grosseria e subi as escadas em segundos. Não havia ninguém para reclamar do meu barulho, nem para perguntar por quê eu não estava na escola. Se estivessem nem sequer se preocupariam. Abri a porta do meu quarto, e lá estava Safya, no chão, encarando-me com os olhos amarelados. Suspirei e deixei que ela se enrolasse por meu corpo, e subisse até meu pescoço. – O que está fazendo fora do aguário, Safya...? Ah, tanto faz, não é? Tanto faz tudo. – Acariciei a cabeça dela como se fosse um cachorrinho e sentei em minha cama. – O que está acontecendo, Safya? Por quê tudo fica me dizendo essas coisas? As palavras sempre flutuaram, mas agora elas ficam me contando segredos? Por quê ficam me perseguindo, me olhando com repulsa? Antes eles tinham medo de mim, Safya... Medo!<o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Safya sibilou em meu ouvido e desceu pelo meu braço. Eu gostava da cosquinha que seu corpo fazia quando se rastejava pelo meu, eu gostava de sentir o medo de um dia ela ficar insana como eu e então me picar. Eu gostava do fato de que um dia eu poderia morrer por causa da minha melhor amiga reptiliana. Ela percorreu o caminho até a porta de meu quarto e virou novamente para mim. Seus olhos diziam que eu devia segui-la, diziam que tudo melhoraria e eu acharia meu lugar. Diziam que as palavras não iriam mais flutuar, e que agora tudo o que elas formassem seriam de meu gosto, e não para meu medo.<o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Levantei da cama como se ela comandasse todos os meus sentidos e a segui. Ela rastejava pelos cantos mais estranhos da cidade, expulsava do caminho todos os assustados que viam a cobra passando e guiando sua dona. Encarava com olhos vingativos os que vinham atrás de mim, pessoas que quando eu virava para trás, podia reconhecer os rostos. Novamente as letras formavam a palavra “perigo” na minha frente, e meu corpo cansado conseguia mais energia para locomover-se atrás de Safya. <o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Então, sem eu ter noção do tempo que tinha caminhado atrás dela, com os pés dentro das botas doendo, e com a roupa ridícula de sainha da escola dando-me frio naquela noite; Safya parou e subiu novamente por meu corpo. Enrolou-se em meu pescoço e sibilou, apontando os olhos para a frente. “Aqui,” diziam os olhos dela “aqui é seu lugar”. Levantei os olhos, e dessa vez as palavras não me assustavam, dessa vez as letras não dançavam em minha volta zombando de mim. Eu sabia o que aquilo era, algo dentro de mim fazia com que eu me sentisse em casa, como se sempre tivesse sabido daquele lugar. E lembrei que Safya havia me contado. <o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Sorri, um dos poucos sorrisos que tinha consiguido dar depois de minhas longas semanas de loucura. – E aqui aceitam animais de estimação, Safya?</i></span><o:p></o:p></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEJcLj3FLFZlzglHOwG_t23qQ_8VMcug-oEgN52L_3Z811D1sTx5PbUCPWONHdns5scRYtct9WMj5cok0mfo88rgI3FE6dwL6ZfX8uE8iQ_5cJEVUxRcex6tDY_-Si4kl_GsGkn8pniswx/s1600/In+the+mirror.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEJcLj3FLFZlzglHOwG_t23qQ_8VMcug-oEgN52L_3Z811D1sTx5PbUCPWONHdns5scRYtct9WMj5cok0mfo88rgI3FE6dwL6ZfX8uE8iQ_5cJEVUxRcex6tDY_-Si4kl_GsGkn8pniswx/s320/In+the+mirror.jpg" width="226" /></a></div><div class="MsoNormal"><span lang="pt"><span style="color: magenta; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><br />
</i></span></span></div>Autora http://www.blogger.com/profile/06852612541888063482noreply@blogger.com0