Eu não tenho mais ninguém para amar, restou-me somente você para mim.
Você e suas mentiras que me machucam mais e mais, e eu ainda deixo que as lágrimas corram por meu rosto.
Ele estava realmente certo... Estou muito nova para amar. Muito nova pra entender que meus amores nunca vão continuar onde eu quero que continuem, nem como. E eu desejo todos os males para você, males que deiixam-me saciada por um momento, com os gritos que eu imagino vindos de você. Mas ao mesmo tempo eu não quero me saciar com eles.
Esqueça, Manuela, esqueça eles como eles esqueceram de você. Jogue-os no chão e deixe que se quebrem, como se fossem brinquedinhos, que nem eles fizeram com você.
Mas eu não consigo. Pois por mais que eu os odeie, eu ainda os amo. Ainda quero o bem deles mesmo que eles tenham deixado-me tão mal.
E então eu assumo que foi culpa minha, pois eu me deixei fazer-se de idiota. E eu não queria, mas deixei. Deixei por causa dessa porcaria de amor, que dizem curar feridas, mas na verdade é a coisa que mais as causa.
Você disse que eu era apaixonada, e você confuso. Mas eu não quero mais fazer esse papel. Esse papel machuca e dói. Esse papel mata. Já quero mudar de personagem, mas Deus não deixa.
Ele me diz que está escrevendo meu destido torto em linhas retas, é o que eu ouço em meu ouvido, todas as noites que vou dormir, sussurros vindos do além.
Eu me pergunto o que tão errado eu fiz para ter esse destino. Já perguntei a Ele, mas o mesmo não me responde. Já implorei para que eles acertasse qualquer palavra, que a escrevesse na linha, com a caligrafia bonita.
O que aconteceu foi que minha mente foi se apagando, e meu eu foi se perdendo.
Eu só vivia das lágrimas.
E eu perguntava novamente a Deus por quê ele escrevia meu destino em um caderno tão bonito, mas com uma letra tão feia. Perguntei também o que eu podia fazer, o que Ele podia falar, para as pessoas, para que elas notassem que eu não sou nada. Que por mais que minha presença na vida delas seja tão inútil e insignificante, eu podia ter algo de bom em tudo isso.
Mas outra pessoa me respondeu que não tinha.
Outra pessoa sussurrou em meu ouvido que eu só trazia mal, e que todos mentiam para mim. Que eu era ridícula, mórbida. E eu acreditei.
Os pesadelos cobriram meus sonhos, nuvens cinzas num céu tão azul. Tudo ficou mais difícil de se ver com a chuva que caia, que depois de acordar eu notei que eram minhas lágrimas.
Lágrimas tão salgadas, tão cheias de dor... Nem chorando a minha angústia ia embora, e eu só queria que tudo melhorasse.
Deus, eu disse, por favor, escreva pelo menos a palavra família em boa caligrafia no meu caderno do destino. Faça que pelo menos isso melhore e minha dor seja somente por uma coisa ridícula chamada amor, dor na qual eu posso simplesmente sorrir e esquecê-la, pois se os outros conseguem eu também posso tentar.
Mas eu não o que aconteceu... Ele não me ouviu... E de novo aquela voz veio assombrar-me os sonhos.
Notei que tudo estava perdido...
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