Aventuras de uma escritora medieval. (Capítulo 3 - Parte 4)

- Eu? Vossa Alteza mesmo proibiu as mulheres de saberem ler, como eu poderia saber?
- Sua mãe não era boba. Ela com certeza ensinou você a ler, querida. Aliás, ela precisava que alguém lêsse para ela nas noites de insônia... - O Rei sorriu e nesse momento eu soube que ele já conhecia minha mãe faz muito tempo. Mas não era possível, ela o odiava mais do que tudo... Abaixei os olhos pela primeira vez na presença dele, e ele simplesmente cabelos, e os soltou. levantou meu rosto, admirando-o. - Ah, sim. Eu conheço sua mãe muito bem. Seu pai era muito sortudo por ter uma mulher como ela na cama, mas ele não era o único... - Ele passou a mão pelos meus
- Como assim...?
- Uhum, Sophie, eu tinha ela em minhas mãos. Era apaixonado por ela... Ainda sou... Por quê acha que ela as vezes chegava tão cansada em casa e como acha que ela tinha tanto trabalho a fazer? Eu encomendava por ela poesias, e aumentava o preço se ela fosse comigo até a cama. Ela dizia para mim que fazia somente por sua filha, e aqui está ela. Sophie Stone... Igualzinha a sua mãe, sim... - Ele voltou a por as mãos em minha cintura e beijou meu pescoço. Não fiz nada.
A raiva e o medo, o ódio e a tristeza prencheram-me. Minha mãe fazia amor com aquele ridículo por minha causa, para poder cuidar de mim!
Peguei o pergaminho e o abri, afastando o Rei de mim.

"Nas noites obscuras, nas noites em que as estrelas brilhavam tanto que meu corpo parecia ser feito das mesmas, eu a encontrava.
A perfeição em corpo e em alma, a perfeição em fala e em palavras. Aquela era você, com seus olhos brilhantes como a lua. Seus olhos azuis e delicados, que brilhavam com a noite de modo que eu não podia te perder.
Como você era linda, meu amor, como eu a queria. Beijava seus lábios e seu corpo, até mesmo a sombra deles. Beijava-a como se fosse a última vez, como se um dia morte pudesse tirar-la de mim. E tirou.
Não sei dizer quantas lágrimas e juras de matança eu havia feito, mas eu as cumpri.
Ainda sinto o prazer de ver o sangue aos meus pés, ainda sinto o medo por tudo o que tinha feito. Meus olhos derramaram mais lágrimas ao os olhos de medo das mulheres e das crianças. Todos os homens que um dia haviam machucado-te estavam mortos, mas com eles não tinha conseguido-te devolta.
Nada mais a traria de volta, e o modo era esquecer-te. Esquecer-te como esquecemos a alegria no momento de tristeza. Esquercer-te para todo o sempre, até meu leito, quando poderia enfim encontrar-te."

Cada palavra ecoou como um feitiço sobre mim. O Rei sorriu e bateu palmas. - Magnífico! Lázaro é um grande escritor realmente... Captou muito bem o que eu queria...
- Como o senhor consegue?! Sorrir tanto vendo o corpo de minha mãe balançando ao vento enquanto eu choro?! - As lágrimas vieram ao meu rosto, e o Rei simplesmente pegou-me no colo e levou-me até o seu aposento.
Tentei ao máximo possível me soltar dele, mas ele me segurava com força e me jogou com um pouco de delicadeza em sua cama. Eu continuei chorando, e gritei quando ele começou a beijar todo meu corpo.
- Saia daqui! Deixe-me ir! Não sou minha mãe para entregar-me à você! - O empurrei, mas ele simplesmente riu e beijou minha orelha, e sussurrou:
- A não ser que queira morrer em uma forca como sua mãe por saber ler, é melhor se entregar aos meus gracejos, senhorita Sophie.
- Então me mate! Me mate que tudo será muito melhor para mim! Era o que mais desejo!
- Ah...- Ele riu e começou a tirar meu vestido. Começou pelas mangas e foi descendo-o. Lutei para impedí-lo, mas a minha força comparada a dele não era nada. - Acontece que seria um desperdício matá-la, antes de ter algumas noites de prazer com você, Sophie.
Ele acariciou meus braços, e terminou de tirar meu vestido.
Ele examinou cada detalhe de meu corpo nu, e começou a tirar as suas próprias vestes.
Eu não pude impedir de ver-lo sem roupas. Não pude impedir a mim mesma de examinar cada detalhe dele, e não pude impedir o fato de desejar realmente uma noite com um homem como aquele.
As cortinas avermelhadas e aveludadas estavam fechadas, impedindo o sol de entrar. Ele beijou todo meu corpo, como fazia com o cadáver de minha mãe, e beijou ainda mais especialmente meus peitos. As lágrimas pararm de descer, e eu cedi àquele encanto.
Cedi a tudo e me entreguei a ele.
Beijava os lábios dele do mesmo modo que ele beijava os meus, beijava todo o corpo dele, e apreciava os gracejos que ele fazia em todo meu corpo. Entrelacei as pernas nas dele, e ele segurou-me pela cintura. Continuava me beijando, enquanto brincava com minha língua e acariciava minhas costelas e depois minhas coxas.
Lembrei de todas as noites de amor que tive com homens. Homens ridículos, que partiam e quebravam meu coração. Mas eu os amava, naquelas situações. Nessa oportunidade, o único que sentia era repulsa e nojo, mas ao mesmo tempo prazer.

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