A chuva vinha, e minha alma ia.
Locais deixados para trás, na mesma monotonia que sempre os cercavam.
Locais tristes e vazios, com memórias tristes e vazias. E neles, ocupavam pessoas tristes e vazias.
Uma pessoa indo embora, os passos ecoando solitários sobre a poça d'água.
Uma realidade. Idas, vindas.
Sonhos já deixados para trás, mas não foi por querer deixá-los, mas sim porquê foi o destino.
Sem ninguém para conversar, sem ninguém para ver nos meus momentos de solidão... Tinha-se ido. Tinha deixado-me... Tinha esquecido-me.
Não ouvia ninguém dizendo que tudo melhoraria, e que eu teria alguém ao meu lado, mais uma vez.
Eu soube sozinho. Eu não sabia. Mas eu não queria mais.
Era triste. Era horrível.
Era difícil.
Sem ninguém para amar. Amar de modo puro. Tinha-se ido.
Agora, mãos vazias, com conversas soltas no ar, soltas sem motivo algum, somente soltas, tentando chegar a você.
Subconscientemente me comunicando, pois palavras suas eram encaixadas em frases que respondiam-me quando eu necessitava de ajuda.
Diziam para eu levantar e seguir em frente, mas tinha-se ido. Agora eu não via mais gotas de chuva, e sim lágrimas borrando minha vista.
Pois eu não estava magoado, desolado, não estava triste.
Estava solitário.
Sem ninguém mais.
Tinha-se ido.
Inspirado na música Hello-Evanescence
Solidão... entre os piores dos nossos medos. Bom fim de semana!
ResponderExcluir