A Alquimista (Parte 5)

0 comentários

-Como você chegou em casa, tão rápido, se tinha ido pro outro lado do país? – Aquela pergunta já estava martelando em minha cabeça por um bom tempo. Desde que ele me abraçou, e eu me questionei o porquê de ele estar ali.
Estávamos hospedados em uma casa que ficava no meio do nada, onde podia ser seguro contra ladrões, mas nada seguro contra animais selvagens. Mas não tinha problema. Eu estava cansada, com fome e suja.
No momento meu corpo estava coberto pela toalha, e meus cabelos molhados pingavam água por onde eu passava. Jefferson estava quieto, vendo um livro. Eu não sabia de quê, mas no livro estava escrito algo como: αλχημεία
- Eu já sabia que precisava fazer isso. Não disse que era uma ordem?
- Você não vai me contar, né?
- Não. – Ele estava inquieto, e continuava lendo o livro, hesitante. Não entendida por que ele estava agindo assim. Não entendia nada. O motivo daquela viagem, nem nada.
Peguei minhas roupas, e me vesti, na frente dele. Ele estava direcionando o olhar para o livro mesmo, quais as probabilidades de ele me olhar?
Peguei a toalha, e sequei meus cabelos, depois penteando-os e prendendo-os em um rabo de cavalo. Olhei para ele, que continuava interessado no livro, e fui até o seu lado, logo sentando.
-O que está escrito na capa?
-Alquimia. Está escrito em...
-Grego.
-...isso. – Ele me olhou, como se estivesse impressionado, e logo suspirou, fazendo o ato mais estranho que eu jamais imaginaria que ele fosse fazer. Não naquele estado. -  Como você consegue ser tão linda a cada dia? -  Ele passou a mão pelo meu rosto, e eu senti o calor da palma dele. Corei ao ouvir o elogio, mas estranhei.
-Como?
Ele se aproximou mais de mim, os olhos fitando os meus, a testa pressionada a minha, os lábios a poucos centímetros de distância. – Eu disse que você fica mais linda a cada dia. Que desperdício...
-Desperdício de que?
-Beleza.
-Mas... Não entendo, eu...
-Não precisa entender nada. Só me diga que nunca vai me deixar.
-O que...? – Mal terminei a frase e o meu maior sonho foi realizado. Os lábios de Jefferson se uniam aos meus, em um beijo doce e carinhoso.
Era tão... bom.
Caímos na cama, e eu continuei beijando-o como se fosse a última vez que eu veria. Como se fosse a primeira vez que eu o conhecia.
A mão dele, passando pelos meus braços, e os lábios ainda colados aos meus, me esquentavam, e faziam com que eu me excitasse. Meus braços entrelaçados ao pescoço dele, os olhos fechados, só sentindo a situação, não vendo-a. Com uma mão eu acariciava os cabelos dele, e a outra levantava um pouco a camisa dele.
O que eu estava pensando? Eu não sabia ao certo. Estava emocionada em, enfim, ter conseguido o beijo que eu mais desejava em minha vida. Eu não podia parar.
E não parei.
E juro que aquela foi a melhor noite de minha vida...

A Alquimista (Parte 4)

1 comentários

Eu já não sabia para onde estávamos indo.
A cada passo que ele dava, eu percebia uma mudança. Percebia um movimento. Uns mais rudes, outros mais delicados; como se Jefferson mudasse de emoções o tempo todo, como se não soubesse o que sentir, o que fazer, entre chorar ou continuar sério.
- Jeff... Tá tudo bem?
-Claro. Por que não estaria?
-Por nada... - Eu fui boba. Ele realmente não ia se culpar pelo fato de ter posto fogo em minha casa... Como ele tinha dito, eram ordens... - Foi ordem de quem?
-O quê?- Ele se virou e me encarou, sem entender. Nossos rostos se encontravam a centímetros de distância, e eu respirei fundo, ignorando, o máximo que eu podia, os meus desejos tolos.
-Quem mandou você queimar minha casa?
-Está ressentida? Alexa, isso já é passado, deixe pra lá!
-Jefferson! - A utilização do nome inteiro de Jeff atingiu até a mim. Não o chamava pelo nome desde que ele tinha decidido ir para fora da cidade, para estudar. Era burrice minha brigar com ele, afinal eu tinha 13 anos, e ele 16. Não queria deixá-lo preso a mim, mas eu não queria que ele fosse embora... -  Só... Me responda.
-Por que quer saber?
-Ah... Sei lá... Hãn... O fato de ter sido a minha casa e meus pais que ali foram consumidos em chamas? Não sei sabe...
-A sua ironia não mudou em nada.
-Você quem mudou. Eu continuo sendo eu mesma.
Ele bufou, e eu pude sentir o ar quente que tinha saído da boca dele em meu rosto. Fiquei encarando-o nos olhos, e ao mesmo tempo contemplando a beleza dele.
A muito tempo que eu não olhava direito para ele. Muito tempo que não notava os cabelos negros dele, que caiam sobre sua face, a pele morena. Os dentes eram tão brancos, que quando ele sorria, o sorriso se destacava. E eu achava lindo. O melhor sorriso de todos. O mais belo.
-Eu mudei... - Ele sussurrou, falando para si próprio. - Alexa... - Ele voltou os olhos pra mim, e eu fiz sinal para que ele continuasse. -  Em que eu mudei?
-Está mais rude, irritado... Não sorri mais. Não me suporta mais.... Eu fiz algo de errado pra irritar você? 
-Não. - Ele voltou a se virar e recomeçou a caminhar, dando-me as costas. - Se eu mudei não é problema seu.
-Viu... Grosso.
Ele suspirou, irritado, e eu revirei os olhos. Nada mais nele era como tinha que ser.

A Alquimista (Parte 3)

0 comentários

-Chorar é inútil…- Ele passou o dedão sobre meu rosto, secando as lágrimas docemente. – Seus pais não voltarão... A não ser que você use a magia... Mas precisa ser treinada...
-Pare de falar isso! Magia não existe, ok? – Eu chorava ainda mais. A mão de Jeff segurando meu rosto naquele momento só me deixava mais confusa. O que ele queria? Por que me ajudava? Ele... Ele tinha posto fogo na casa! Nos meus pais! E ainda me consolava?
-Não, não existe... Existe a química...
-Como assim?!- Eu ainda soluçava, mas ficava a cada momento mais e mais curiosa sobre todos os fatos... Química? Magia?
-Alquimia, significa química, vem do árabe... – Jefferson percebeu que eu não queria ter uma aula de história, só uma explicação básica, então suspirou e pôs o dedo na testa, mostrando impaciência. Ele tinha mudado... – É a lei da troca, quando se trata de magia, entende? Para se fazer alquimia, é preciso dar algo em troca. Quão maior for o que você pedir, maior o sacrifício...
-Meus pais foram sacrifícios? – Eu não pude acreditar. Minha respiração ficou difícil, mesmo já tendo parado de chorar.
-Sim.
-Para o que? E para quem?
-Para você ser forte.
-Como? Forte para o quê? Por quê? Eu não entendo!
-Eu não sei direito, Alexa! Simplesmente cumpri ordens! Vou levá-la ao conselho...
-Conselho?
-Você quer por favor esperar eu terminar de falar? – Jeff parecia muito irritado. Olhou para mim e falou de modo rude. Eu assenti com a cabeça, e fiquei emburrada, não gostando do modo que ele estava me tratando. – Olha... O conselho é o grupo dos primeiros alquimistas. Cada um representa um elemento. Cada alquimista tem seu elemento mais forte. Por exemplo, o meu elemento é fogo. Consigo praticar muito melhor como o fogo sendo o elemento chave.
-Não entendi nada... – Olhei para ele sincera. Tinha captado umas coisas, mas de resto, não. –Hm... Eu sou uma alquimista?
-Qualquer um é alquimista. Só que a maioria das pessoas não sabem liberar essa essência ancestral.
-Hm... Então, qual é meu elemento?
-É isso que vamos ver com o conselho... Precisamos treinar você, pra o que quer que seja...
-Você não sabe mesmo o porquê disso?
-Não faço a mínima idéia...
Ele parou de falar, e começou a caminhar na direção oposta a minha casa. Virei-me rapidamente para observar as chamas sendo apagadas pela chuva que só então eu tinha percebido. Derramei mais duas lágrimas e segui Jefferson.
Minha curiosidade falava alto demais...

A Alquimista (Parte 2)

0 comentários

Quando cheguei em casa não conseguia sequer respirar. A fumaça enchia meus pulmões, e eu simplesmente sentia como se fosse desmaiar.
Lágrimas que já teriam descido pelo meu rosto, se evaporavam pelo intenso calor do local.Sentia meu corpo cansado e fraco, e o ar puro que eu tinha ao estar na floresta não existia mais e fazia falta.
Corri com todas as forças que eu tinha para um local com ar fresco.
Puxei o ar com o nariz algumas (muitas) vezes, e soltei pela boca. Eu chorava com a simples imaginação da cena de meus pais sendo consumidos pelas chamas.
-Alexa... – Eu ouvia a voz grossa de Jefferson chamando-me pelo apelido. Como sentia saudade disso...- Alexa, pare de chorar, aquilo foi preciso!
Virei-me e o encarei assustada.
-Como pode dizer isso? Preciso?! Meus pais provavelmente morreram! Provavelmente não, tenho certeza que sim! – Mais lágrimas caíram de meus olhos, e não consegui controlar os soluços.
-É?! – Ele chegou perto de mim, e abraçou-me. Só então eu notei: Como ele podia estar aqui do meu lado? Ele tinha viajado para o outro lado do país...!
-Como...? – Não consegui terminar a pergunta, ele pôs o dedo nos meus lábios, em calando.
-Eu recebi ordens de fazer isso, perdão...
-O que..? – Eu não entendia nada, não conseguia pensar, até encontrar os olhos dele. E então tudo fez sentido...
Entrei em choque, mas logo o empurrei, jogando-o no chão, em um acesso de raiva.
-Como você pode?! Como pode por fogo nos meus pais?! – Eu gritava desesperada/ cheia de ódio e raiva. – Eu sempre confiei em você! Te amei! E me trás isso?!
Ele se levantou para tentar me acalmar, mas, ao se aproximar de mim, eu o enchi de tapas e socos, que não surtiram efeito nenhum nele.
Caí ajoelhada, soluçando e sentindo a dor no peito.
-Como...como pode? – Agora minha voz era uma mistura de soluços , lágrimas e sussurros.
-A alquimia é assim...
-NÃO ME VENHA COM ESSAS IDIOTICES!
-... é a lei da troca...
E enquanto ele me falava sobre essa magia, eu gritava e colocava as mãos no ouvido, enquanto ainda chorava.
E, atrás de mim, o fogo cessava com a chuva que vinha...

A Alquimista

0 comentários

Sentia o vento balançando meu cabelo. A lua brilhava e estava espantosamente grande.
O luar iluminava tudo, pois a floresta era densa, porém as árvores eram baixas. Simples árvores frutíferas. Havia uma árvore em especial, alta, a única que se destacava, e que podia ser vista a 1 quilômetro de distância. E eu estava sentada em um galho dessa mesma árvore.
Não me importava quão tarde da noite era.O que me importava era em quem eu pensava.
Queria que Jefferson estivesse ao meu lado naquele momento, queria ele tocando-me. Queria, por mais que não soubesse como era a sensação, aqueles lábios sendo pressionados aos meus.
Porém, por mais indiretas que eu lançasse para ele, só recebia um abraço pela cintura.
Mas era algo bom, algo caloroso, algo sem igual, algo... divino.
Ele chamava-me de anjinha, e eu dizia ser a anjinha dele. E eu sempre adorei isso. Me apeguei aos mínimos detalhes, e sinto mais falta dele assim.
Sempre adorei o modo que ele falava comigo livremente, e, mesmo quando tentava esconder algum segredo, aberto. Eu sempre me senti importante por esses detalhes.
Senti um longo suspiro vindo de mim.
Suspiros que eram normais ao lembrar de quão distante ele estava de mim naquele momento, porém, ao mesmo tempo, sempre tão presente em meu coração.
Olhei para meu relógio e desci habilmente da árvore em que me encontrava. Era realmente tarde. Não queria confrontos com minha mãe, muito menos suspeitas (muitas mais na lista) sobre onde eu estava e com quem.
Achava até divertido esse lado dos meus pais. Achava absurdo.
Eles conheciam Jefferson, sabiam que eu o amava, e, mesmo assim, continuavam perguntando-me com quem eu saia e se tinha algum encontro. Como se eu fosse desse tipo de garota.
Caminhava lentamente sobre a luz da lua, e observava tudo a minha volta, sem medo. Sentia que as árvores me observavam, mas lembrava de quando Jeff me encarava com aquele belo sorriso e me pedia para lembrar-me dele nessas ocasiões, pois seriam quando ele estaria pensando em mim.
Desde então, parei de sentir medo delas, e comecei a apreciar-las ainda mais, pois eu sabia que meu amor via minha figura em sua mente.
Ri um pouco, e vi uma luz densa, seguida de uma fumaça negra, na direção na qual eu caminhava.
Na direção de minha casa.
Senti um nó na garganta, e segui correndo até meu lar que parecia estar em chamas. Mal eu sabia que perderia muitas pessoas queridas, porém ganharia ( e descobriria) muitos mais segredos. Ainda me pergunto se era uma boa troca...

3 meses

0 comentários

"Nossa tristeza é uma energia que liberamos para curar. A tristeza é dolorosa. Tentamos evitá-la. Na verdade, descarregar a tristeza libera a energia envolvida em nossa dor emocional. Contê-la é congelar a dor dentro de nós. O slogan terapêutico é que o sofrimento é o sentimento cicatrizante."
John Bradshaw

"Serei atingido com mais força pelas tristezas, se me recordar das alegrias."

Saudades, viu :\ 

Feliz dia do Amigo

0 comentários

Um amigo, é muito mais que um companheiro.
É como se fosse um irmão... Com todas as brigas, com todos os xingamentos, com todas as lutas.
Mas, mesmo em uma vida entre tapas, se tem o lado do 'beijo'.
Amigos juntos são, simplesmente, idiotas. Perdemos a vergonha e nos soltamos como se fossemos loucos, a certo ponto.
Eu, por exemplo, já sou louca sozinha, imagine ao lado das minhas amigas. Elas me chamam de drogada, porquê eu sou um pouco... fora do normal...
Eu ainda rio quando lembro do que já aprontamos juntas. Da nossa ida ao shooping, e, depois, a festa do pijama. Tradições estranhas, como tomar refrigerante hiper-ultra-mega-congelado as 3:00 da madrugada, e maquiar a menina que dorme primeiro. (Mas, como não tínhamos maquiagem, usamos catchup, mostarda e creme de pentear, quase morremos quando a Duda acordou...)
Brigas inúteis, sorrisos fáceis, vidas alegres.
Um ombro para chorar, e uma face para ver ao rir.
Eu ainda posso ouvir as gargalhadas que já soltei pelo ar, junto co minhas amigas, e, só de relembrar, ainda rio muito.
Mas tenho meus amigos meninos.
Idiotas, irritantes e chatos.
Como eu amo eles.
Não falam muito com a gente, mas dividem cada história bizarra que só esse tempo vale ouro.
Trocas de opiniões e aprendizagem (o.k. eles não tem nenhuma, então... só opiniões...).
Não é muito... Mas pé a amizade...
Amo todos vocês, amiguinhos, coleguinhas, friends, bff's, colegas e qualquer outro nome que encontrar!



Só o que sinto.

0 comentários

Eu gosto de ter você ao meu lado, eu gosto do seu sorriso, que se destaca tanto; gosto dos seus olhos, por mais simples que você ache que eles são. Gosto do modo que você fala comigo, e agora que mudou tanto seu jeito de ser ao meu lado, me preocupo.
Eu sempre soube que você não me amava. Mesmo quando você beijava-me e dizia que me amava, eu sabia que não era verdade. Até por que você também comentava que não sabia como exatamente, mas me amava.
E eu sei como é esse amor que você sente por mim.
É como se eu fosse sua irmãzinha mais nova, e você precisasse protegê-la.
É como eu sou pra você. Uma melhor amiga com quem você divide tudo, com quem conta tudo, quem mais confia.
Confia tanto, ao ponto de não perceber mais como me machuca por dentro.
Como me machuca saber que você não está nem ai pra mim, e ainda diz me amar... E não percebe, sim, simplesmente não percebe, que é mentira. E que eu sei que é.
E agora o seu modo de falar comigo me preocupa, agora os abraços seguidos de beijos na testa se foram, e só recebo um sorriso, que sei ser falso, em troca.
Eu já pensei em me afastar, como você sempre fazia ao encontrar algum problema; pensando que você viria atrás de mim, pedindo para seguir em frente, e não deixar que as coisas bobas como essas me abalassem, para eu me mostrar forte, e seguir com a vida, do mesmo modo que eu fazia com você, e as mesmas palavras que eu lhe dizia.
Você se lembra?
Eu me lembro de tudo. Tudo mesmo.
Lembro de como você me cumprimentava, como recebia meus abraços... E eu só percebo a cada dia que isso está mesmo mudando. Que você está se afastando. Que eu virei mais um fardo na sua vida.
Sinceramente, eu me impressiono. Você durou mais do que todos os outros, que, depois de meses, simplesmente foram embora, sem sequer se despedir. Você ainda está me agüentando, ainda está me ouvindo chorar, ainda me ouve falar de coisas bobas.
E eu faço o mesmo com você, mesmo sabendo que você não mais me quer. Mesmo sabendo que você vai ir embora um dia, que um dia você irá achar alguém que você suporte, suporte para sempre, e que faria qualquer coisa para agradá-la... Coisa que, antes, e somente antes, você faria por mim.
Eu passei a ser um fardo. Passei a ser um problema... Passei a ser somente mais uma pessoa que diz se preocupar com você, e você acha ser mentira. Mesmo sendo a maior verdade de todas. Eu ainda acho que você crê que, todas as vezes que eu digo que te amo, é só como uma amizade duradoura, mas não é. É um sentimento puro, que faz enganar-me, iludir-me, e, acima de tudo, sofrer por pessoas que sequer sabem por que sou de tal forma.
Eu confiei muito em você. Eu amei muito você, e ainda amo. Eu não vou ir embora, por que eu quero que, o que quer que você sinta por mim, dure. Não quero fazer com você o mesmo que fizeram comigo. Não quero que você esqueça-se de mim tão rápido como todo mundo fez. Eu só quero que você saiba que isso é totalmente dedicado a você, para saber como eu realmente me sinto. Por que eu te amo.
E acho que isso é o único que você realmente tem de levar a sério.
M. Catalina

É o ciclo da vida.

1 comentários

E então o desafio foi lançado. Os dois se entre-olharam, e a aposta foi feita.
Uma floresta era o cenário, e os únicos espectadores e testemunhas eram os mesmos a disputar.
Entre medo, dor, ódio e desejo de vingança, a disputa iniciava-se.
Corações acelerados, respiração pesada.
Preparem-se.
E...
Já!
Corram pela vida de si mesmos, lutem pelo o que acreditam. Uma guerra individual, cercando cada coração angustiado, cada trauma causado pela dor.
Saiba que não se pode fugir de seus medos, você deve enfrentá-los. Não esqueça, aprenda. Pois sua vida toda irá se definir pelas suas estúpidas escolhas.
Não chore pelo o que perdeu.
Tudo trás problemas, não se prenda a eles.
O caminho mais difícil leva ao prêmio.
Você sabia disso? Não? Caminho errado?
Que pena.
Lute pelo o que você quer, pelo o que você merece!
Ninguém levantará para ajudá-lo, ninguém se importa! Ouviu? Ninguém!
Por enquanto você não existirá, até ter algo que eles querem. E você vira algo desde então.
É o ciclo da vida, não reclame.
É o preço a pagar...

Obrigada

0 comentários

Oooooooooolá, terráqueos!
O.k., isso não tem nada a ver comigo... mentira, tem sim.... ah, enfim. Não é sobre isso que eu vim falar, não é? 
Bem, vocês já sabem quem eu sou, e se não sabem, saberão agora. 
Meu nome é Manuela Catalina e tenho 13 aninhos. Sou dona deste blog, e, como dá pra perceber, adoro escrever.
Faz um bom tempo (eu nem sei quanto tempo, oh my Good) eu fiz uma enquete, pra ver o que vocês achavam dos meu textos.
E quando eu vi o resultado...
Eu pulei da cadeira, gritei: Mãããããããããe vou virara famosa, e comecei a dançar reboletion!
Não, mentira. Como se eu fosse fazer isso! é provável, minha loucura tem limites, mas ainda está dentro deles fazer isso, mas não foi o caso.
Eu não fiz nada demais.
Só comecei a rir como uma boba e fiquei percebendo: Poxa, só 8 pessoas votaram, isso depois de 2 meses...
Pois é... Mas depois eu fiquei tipo: Aaaaaaaaaaaaaaaaah, 6 lindas e maravilhosas pessoas acham meus textos ÓTIMOS. E 3 lindas pessoas acham meus textos Bons!
Tá, tá, vou parar de enrolar, porquê o post já tá ficando chato.
Enfim, eu gostaria de agradecer a vocês, meus seguidores (de 23 só 8...), que votaram na enquete, e os que não votaram eu agradeço por me seguirem.
Agradeço pelos comentários, sempre muito bonitos, sempre muito inspiradores. Acho até que vou começar a escrever textos inspirada nos mesmos.
E, ahhh, sim. Ah, esqueci o que ia falar... Ah, tá, lembrei!
Pois bem, eu sei que o blog anda parado, mas eu vou explicar:
-Ando passando por crises de bloqueio. Sabe como é, né? Não tenho ideia nem pra escrever ficha de personagem. Com 10 linhas! É grave, mas eu supero.
-Vou confessar que quase deixo o Levados Pelo Vento. É que meus pais estão reclamando muito de eu estar no computador, e não quero briga com eles. Chorei porquê ia deixar meu único contato com muitos amigos, e com o meu blog, minha vida entrelinhas.
-Sinceramente, eu ando escrevendo algumas histórias, mas a preguiça me consome. E comecei a me viciar em reblogar. Aliás, sigam: Everybody's Fool
Maaaaaaas, eu não vou deixar meu blog, e já me organizei em tudo.
Novamente, muito obrigada.
Att:

Olá.

1 comentários

A chuva vinha, e minha alma ia.
Locais deixados para trás, na mesma monotonia que sempre os cercavam.
Locais tristes e vazios, com memórias tristes e vazias. E neles, ocupavam pessoas tristes e vazias.
Uma pessoa indo embora, os passos ecoando solitários sobre a poça d'água.
Uma realidade. Idas, vindas.
Sonhos já deixados para trás, mas não foi por querer deixá-los, mas sim porquê foi o destino.
Sem ninguém para conversar, sem ninguém para ver nos meus momentos de solidão... Tinha-se ido. Tinha deixado-me... Tinha esquecido-me.
Não ouvia ninguém dizendo que tudo melhoraria, e que eu teria alguém ao meu lado, mais uma vez.
Eu soube sozinho. Eu não sabia. Mas eu não queria mais.
Era triste. Era horrível.
Era difícil.
Sem ninguém para amar. Amar de modo puro. Tinha-se ido.
Agora, mãos vazias, com conversas soltas no ar, soltas sem motivo algum, somente soltas, tentando chegar a você.
Subconscientemente me comunicando, pois palavras suas eram encaixadas em frases que respondiam-me quando eu necessitava de ajuda.
Diziam para eu levantar e seguir em frente, mas tinha-se ido. Agora eu não via mais gotas de chuva, e sim lágrimas borrando minha vista. 
Pois eu não estava magoado, desolado, não estava triste.
Estava solitário.
Sem ninguém mais.
Tinha-se ido.
Inspirado na música Hello-Evanescence

As minhas chamas.

2 comentários

Eu sou como o fogo.
Delicada e tímida no começo. Lhe dando diversão, lhe dando calor, lhe dando aconchego. Sou mantida em um certo ponto, em cativeiro.
Sou delicada ao balançar, e meus movimentos são leves, porém penetrantes.
O som do crepitar de minhas chamas é calmo, é libertador, e trago música doce junto comigo.
Se me deixas um pouco liberta, eu cresço, mas mantenho os limites. 
Minha dança cresce ousada, meus movimentos mais largos.
Minha música mais forte, que contagia a qualquer um.
Mas, meu caro amigo, se tu me deixas liberta sem atenção, se tu me excita, se tu me enche de prazer, me enche de motivos, minhas brasas te consomem.
Labaredas sofisticadas.
Uma dança exuberante, mas perigosa, na qual, se te pisar com meus pés, te queimo.
Minha música, a qual eu sigo, tortura os ouvidos, e faz com que chores.
Chores, mas não respires.
Pois teu fôlego se vai quando a fumaça entra nos seus pulmões, e os consomem.
Você tem medo do que eu posso fazer?
Então não provoque o motivo para isso... Pois eu tenho estágios, dependendo de como me tratam....

Sou só eu.

0 comentários

Vejo gotas de chuva caindo, e lembro de minhas lágrimas.
Tentando entender quais são mais verdadeiras e puras.
Chuva ou choro?
Eu não sei mais pelo que choro, não sei mais porquê choro, só sei que são dores já acumuladas e não suportadas mais.
Eu não sei porquê quero viver desse modo, não sei mais para que continuar viva se não tenho utilidade.
E quando a chuva cai, ela tem motivos?
As vezes nos momentos bons, as vezes nos momentos em que quero Sol, as vezes em grandes datas com grandes planos.
Mas, pelo menos, essa água trás bem, força, trás fertilidade.

Minhas lágrimas não trazem nada, só dor.
E dor somente a mim.
Pois os outros não me vêm, como vêm a chuva.
Sou só mais uma pessoa tentando entender tudo isso, mais um grão de areia na Terra, mais uma estrela no céu.
Mas eu nunca serei importante como a chuva, pura como a chuva.
Minhas lágrimas são egoístas, pois eu não sei do mal ainda.
Sou só mais uma que decide chorar em vez de seguir em frente.
Sou só mais uma mortal que quer morrer rapidamente.
Sou só mais uma boba.
Sou só mais alguém que não sabe o que quer dessa vida inútil e insuportável...

A Fugitiva.

0 comentários

Estava sentada calmamente, em cima de um galho de uma árvore.
Planava e me aventurava nos céus todos os dias e noites, buscando me afastar de todos os meus problemas. 
Mas eu me perguntava se isso realmente algum dia iria adiantar de algo.
Fugir? Era possível que me perseguissem!
Acho que era por isso que eu não cessava, que eu continuava me aventurado em um mundo cheio de mistérios, mas habitado por pessoas gananciosas demais para entender qualquer coisa sobre ele. 
Injusticeiras demais...
Tinha caído mas a culpa não era minha. Eram desses bárbaros humanos...
Quanto mais você se oferecia para ajudá-los, mais eles negavam. Eu me aventurei demais, eu amoleci com o coração do meu protegido, e depois, sem mais delongas, fui traída, sendo jogada dos céus.
E desde então sou perseguida, para ferver nos piores cantos do inferno.
Porquê? Por causa de um humano barato e burro.
Olhei em volta, e deparei com a luz prateada e brilhante da lua.
A única coisa pura que eu já tinha conhecido. A única coisa que alguém podia confiar, a única coisa com quem eu conversaria.
Estava ficando louca, só podia.
Eu conversava agora com um astro, pois acreditava que era o único que me ajudaria... Eu não fazia ideia de como sim....

Ardendo nos Céus - Linkin Park

0 comentários

Eu usei madeira morta para fazer o fogo subir
O sangue da inocência ardendo nos céus
Enchi o meu copo com a subida da maré
E derramei-a em um oceano de destroços

Eu estou nadando na fumaça
Das pontes que eu queimei
Portanto, não peça perdão
Estou perdendo algo que eu não mereço
Algo que eu não mereço

Nós prendemos o fôlego quando as nuvens começaram a se formar
Mas você se perdeu na batida da tempestade
Mas no final fomos feitos para nos separarmos
Como câmaras separadas do coração humano.

Eu estou nadando na fumaça
Das pontes que eu queimei
Portanto, não peça perdão
Estou perdendo algo que eu não mereço
Está nos ossos enegrecidos

Eu usei madeira morta para fazer o fogo subir
O sangue da inocência ardendo nos céus

Pois tu és como as rosas...

0 comentários

Menina, e o que tu esperas, ai, em pé no altar?
Um final feliz?
Queres um final? 
Pois então faça o fim.
Não acredite que sua vida será perfeita, que um mar de rosas, como as que seguras na mão será tão delicado, pois junto com as rosas se vêm os espinhos. Pois sem os espinhos, rosas não são nada.
Como dizia um dia um sábio, que rosas são ingênuas, e acham-se poderosas com seus espinhos.
Uma rosa, ingenuamente, não é problema.
Mas quando estas se juntam podem corta-lhe parte por parte, fazer com que o vermelho que antes era das pétalas das mesmas, vire a cor de teu sangue misturando-se a água, criando um mar vermelho.
Pobre, pobre menina.
Pobre, pobre ingenua menina.
Que descobrirá o poder da traição ainda em seu vestido branco, calmamente ouvindo a música, esperando, segurando suas rosas ingenuas nas mãos; abandonada no altar?
Ora, ora, vejam. Ela foge.
Foge crendo que poderá tirar a dor do peito. 
Oh querida, acostumes-se, pois o mundo é assim.
Traições. Mentiras. Ódio. Solidão.
Boba, boba, menina ingenua.
Aprende que tu és como as tuas rosas.
Tu és ingenua sozinha, mas tem os teus espinhos. O teu veneno.
Boba, boba, menina ingenua.
Aprende que viver num conto de fadas, assim não existe. Aprende que está não é a Terra do Nunca. 
Pobre, ingenua, boba menina.
Tu és como as rosas. juntas, formando uma arma mortal e dolorosa.
Vamos, vamos. 
Não fuja, mas continue de cabeça erguida. Sim, sim, menina. Continue assim...
Pois tu és como as ingenuas rosas... Fáceis de esmagar, mas que antes do seu fim, espetam o pé do indivíduo com os espinhos traiçoeiros..

A gélida faca do arrependimento.

0 comentários

Sabe... É tão fácil notar...
Notar que ao segurar uma faca apontando para seu coração, é que nem confiar no que as pessoas dizem.
E quando se treme, quando se duvida, já é tarde, pois a gélida faca já foi enfiada delicada e horripilantemente em seu peito, atingindo, propositalmente seu coração.
E não pense que logo depois disso tu morres.
Não, o mundo não é tão justo.
Eles fazem com que tu revivas, fazem com que tu continue com a  cicatriz no peito, lembrando no ocorrido.
Eles querem que tu continue sofrendo,e  aprenda que não se pode confiar em tudo o que dizem.
E depois disso, tu és obrigado a formar tuas proteções. Tuas barreiras.
Teus únicos mundos que o protegem.
São o único justo e certo.
Pois são de acordo com teu gosto.
E quando tu pisas na terra de teus sonhos tu podes sorrir de verdade. Pois teu sorriso um dia foi retirado ao mesmo tempo em que recebeste uma cicatriz arrasadora.
É  a lei da troca, meu amigo.
É a lei da vida.
Dê, para receber, mas não dê tudo, pois o que podes receber só irá te decepcionar.
Pois é assim o mundo de hoje em dia.
Pois é assim a vida de cada um de nós, que sofremos.
Pois é assim a sensação de se ter uma gélida faca enfiada no seu coração, na sua alma.
O arrependimento.
A gélida faca do arrependimento...

Minha alma.

0 comentários

É fácil convencer o ser humano quando algo valioso se encontra em perigo. Algo ou alguém.
Mas de repente, do modo que a pessoa olha para a situação, para o mundo. Difícil será convencer, ou provar, quando uma pessoa se é otimista demais, ou quando se é pessimista também.
O otimismo já me levou a fazer incríveis bobagens, enquanto eu acreditava e punha fé em algo.
Fez-me escalar mil montanhas a procura de um amor a muito perdido, e ter encontrado apenas ciúmes e a cura para a minha ilusão. A verdade.
O pessimismo me deixara abalada, e não dava-me forças para levantar da cadeira que aprisionava-me ao chão.
Fez-me desistir de ir atrás de meus sonhos, e me contentar, de modo infeliz, a só imaginar as possibilidades,mas nunca pôr-las em prática. Desisti de amores que podiam dar muito certo,mas não corri atrás deles e agora vivo uma ilusão. Sem cura. A mentira.
Aprendi a não pôr fé, mas mesmo assim correr atrás. Aprendi a juntar verdade e mentira e convencer a humanidade de algo que não sei. 
Aprendi que para se escalar uma montanha, é preciso de todo o equipamento, porque se não, caímos.
E agora assim que eu vivo.
Não sendo nada, além de mim mesma.
Uma alma sem muitas escolhas.
Uma alma sem crença.
Uma alma perdida no mundo...