Os raios tocavam o chão, na tempestade gloriosa que decidiria se eu estaria vivas, ou morreria submersa.
O vento balançava-me mais.
A água ficava mais furiosa.
O fogo que queimava a floresta que tão perto estava, não cessou, e o calor possuiu meu corpo.
Um sorriso.
Ainda estava lá, esboçado em meu rosto.
Balbuciei palavras que não ouvi.
Mas os outros entenderam.
Raios caíram, e trovões fizeram o chão tremer.
Eu sentia o poder.
Eu sentia que ia ser liberta.
Estava acontecendo.
Jogaram-me em auto mar.
E um raio cortou os céus.
Eles fugiram, eles me temeram.
As correntes me levaram para baixo.
Eu não via. Eu não temia.
Eu só sentia.
E depois, nem isso.
Pois eu tinha morrido.
Pois eu tinha morrido.
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