Uma promessa reveladora.

O balançar do trem me deixava sonolenta.Sentia-me em uma cadeira de balanço,na qual quando criança minha mãe punha-me no colo dela e me balançava.
Na época tinha 6 anos, e morava em uma casa humilde. Mas, depois de casar-me, com apenas 16 anos, forçada pela pobreza de minha família, e adorada por um homem rico, passei a morar em um casarão, antiquado, com muitas portas, para muitos quartos,que nos meus dias de monotonia, e noites de insônia, eu havia vasculhado segredos.
Lembrando de tudo, adormeci...


"Amada... Prometo que nunca terás medo de algo comigo ao seu lado. Sempre serás feliz, sempre te protegerei, até depois de minha morte, meu bem."


As palavras de Robert vieram à minha mente.
Promessas que ele nunca poderá cumprir, pois a morte havia vindo antes. E eu sinceramente nunca acreditei em coisas como anjos. Deus, sim, mas anjos? Acho isso um pouco absurdo. 
E caso existissem ? Bem... Não perderia ele o tempo cuidando de bem, sim?
Mas... Toda vez que eu adentrava em nosso quarto, e via um quadro de nós dois juntos, no dia de nosso casamento, me sentia vigiada por aqueles olhos.
Eu nunca o amei, mas respeitava - e respeito - muito.
Era um bom homem, honesto, e não se vangloriava pelo dinheiro que tinha.
Presenteava-me com o melhor, e adorava meu sorriso.
Passaram-se 5 anos de casada. E, naquele dia, no trem, adormecida, 1 ano de viuva...


Louise Skatvaine




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