Uma menina fazia tudo na casa dela, estudava, e tirava boas notas.
Sempre sorria quando via os pais, e mesmo não falando muito com eles, sempre os recebia feliz.
Era bonita, calma, mas mesmo assim falava muito com as suas amigas, e sempre tentava puxar algum assunto para conversar com os pais...
Mas eles nem ligavam....
Quando ia mostrar alguma nota boa, realmente boa, os pais a olhavam com cara de tédio, e nem ligavam, só falavam "Bom... " e depois se viravam para falar com sua irmã...
Sua irmã...
Era uma menina preguiçosa, que vivia vendo TV e não fazia nada em casa. Reclamava de tudo e todos e nem sorria. Gostava de mandar na casa, e se achar a dona daquele lugar, quando a mãe não estava.E vivia reclamando de sua irmã. Vivia falando os ruins dela, mas nunca via os ruins DELA.
A menina (que fazia tudo na casa) sempre foi a menos vista, a mais quieta, e que aparecia como uma aborrecente, mesmo sempre rindo, e fazendo tudo pelos pais, tal como eles não faziam por ela.
ElO nome dessa menina era Clara. O nome da irmã "perfeita" era Anna.
Clara, toda vez que se sentava na frente do computador, e conversava com os amigos, mexia no computador, sorria enfrente a ele, os pais chamavam de preguiçosa e inútil.
Enquanto Anna vivia com a cara fechada, reclamando da vida, e dormindo. Essa era a perfeita filha. Que fazia de tudo, e, oh, probezinha, tirava notas ruins, mas fazia cursos e mesmo assim NÃO melhorava.
Enquanto Clara não fazia reforço, e estudava, tirava boas notas, mas era considerada estúpida pela família.
Isso levou ela para a depressão.
Quando arranjou um namorado, não contou aos pais, nem a irmã, pois eles não a deixariam em paz, e, por experiência própria, não contava como se sentia, pois usariam suas palavras contra ela.
Tudo o que vivia na escola era guardado para ela, e seu sorriso só era verdadeiro com os amigos(as).
E assim ela viveu toda sua vida.
Depois que Anna saiu de casa, para fazer a faculdade, a mãe chorou dias, sentindo falta da unica filha que um dia lhe dera algum orgulho de ser mãe.
Clara deixou isso de lado, mas guardou as palavras no peito e na mente por muito tempo.
Continuava na mesma, sorrisos falsos, notas boas, trabalhos domésticos sendo completos somente por ela.
Quando Clara saiu de casa, a mãe deu uma festa, mas isso não foi tudo.
Anna, logo, chegou em casa: maltratada, com roxos por todo o corpo, e grávida, com dois filhos no colo.
A mãe se assustara, e perguntou o que tinha acontecido. Anna tinha se casado, com um gordo vagabundo, pois precisava de dinheiro, pois não conseguira um bom emprego, nem se sustentar, Fora violentada, e estrupada...
A mãe se indignou, e mandou a filha embora, pois já não sentia orgulho, e não podia a sustentar com aquilo.
Anna correu até a casa de Clara.
Quando a irmã soube do ocorrido, por mais que guardasse muito rancor pela irmã, muito ódio pela facilidade que ela tinha antes ganho na vida; a sustentou pois, agora, ela tinha visto que a irmã tinha ganho o que merecia de sua vida.
Clara a sustentou, e cuidou dos filhos dela, os aconchegou com braços maternos, e Anna viveu feliz ao lado dela.
Mas Clara morreu...
A mãe não se importou, pois nunca soube do bem que a filha tinha feito, não chorou, nem entrou em depressão, foi ao velório por cortesia, pensando no que pensariam dela.
Mas Anna sofreu.
Chorou em cima do tumulo da irmã, e fez grandes homenagens a irmã...
Ela mudou...
Você já pensou a vida de uma pessoa assim? O que aconteceria? Pensou na tristeza que Clara sentia, e como foi boa em cuidar da pessoa que ela mais podia odiar no mundo? Percebeu como Anna mudou, como se transformou e mudou seu modo de pensar quanto a irmã mais nova? Notou que aquela mãe não era uma boa mãe? Pois é... Saiba que isso acontece em algum lugar, e nesse exato momento alguém deve se sentir como as 3 da história... Preste atenção no que os outros tem a dar, e nunca os esqueça ou julgue, pois você pode mudar por eles....
Uma menina...
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Já deixei os sonhos de menina para trás, meus medos e meus desejos. O que quero agora é tornar tudo realidade, mostrar ao mundo o valor que eu escondia. Agora todos me temerão, pois com as palavras eu poderei matar. Agora todos me amarão, pois com as palavras eu ensinei a amar. - M. Catalina
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