Podia eu ter negado ao chamado, e evitado completamente o que iria acontecer.
Mas a curiosidade de uma criança me impedia.
A carta estava em minhas mãos, e a sensação de aventura também.
Meu coração batia forte, e um sorriso malicioso, de ânsia de aventuras, tinha tomado a seriedade que adquirira minha vida monótona.
Geralmente era encontrada sentada na poltrona, com o vestido cor de vinho caindo sobre meus pés, olhando meus pequeninos filhos brincando com os carrinhos de madeira.
Mas agora, ah sim, lá estava eu.
Agora com meu vestido mais simples, marrom claro, lábios avermelhados, olhos verdes atenciosos; sentada em uma cadeira, um tanto quanto desconfortável, de um trem.
- Mas minha senhora, e as crianças? - Margareth se preocupava... Era uma boa criada, que cuidara de mim desde o berço, com apenas 12 anos, carregando a responsabilidade de uma mãe.
- Eles ficarão com a avó, ela concordou. Nada me tira a oportunidade de ir a essa aventura.
Pedidos de cuidado, e vários "Boa sorte".
Minha jornada havia se iniciado...
Louise Skatvaine
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